Novas alternativas ao tratamento de câncer de estômago são decididas em consenso

Professor da Unisinos integrou o seleto grupo de especialistas que participou da Advanced Gastric Cancer Meeting realizada na Itália

Crédito: Divulgação

O câncer de estômago é um dos mais comuns no Brasil, afetando tanto homens quanto mulheres, e é responsável por milhares de diagnósticos a cada ano. Apenas no Rio Grande do Sul, são registrados entre 2 e 3 mil novos casos da doença. Quem traz essas informações é o professor de Medicina da Unisinos, Antonio Weston, que foi um dos 30 especialistas de um consenso internacional, o Advanced Gastric Cancer Meeting, realizado em Bertinoro, na Itália, que validaram novas possibilidades de tratamento.

No encontro, os principais resultados foram o surgimento de novas alternativas, em especial no que diz respeito à combinação de técnicas cirúrgicas avançadas e tratamentos com novos medicamentos. “Existe uma técnica cirúrgica que pode ser feita até por robótica, onde se faz o tratamento medicamentoso durante a cirurgia, ou seja, se remove a doença e no mesmo momento já aplica o medicamento no local do tumor”, explica Antonio, que é um dos principais cirurgiões do aparelho digestivo do país. Esse procedimento é denominado de cirurgia de conversão, que significa a realização da cirurgia em estágios avançados após o tratamento de quimioterapia.

O médico informa que o prognóstico do tratamento é positivo. “Ele melhora os resultados, aumentando a taxa de cura em 20 a 30% e, naqueles casos em que não existe a cura, há um aumento de sobrevida também de 20 a 30% do que aqueles pacientes que não fizeram esse tratamento”, cita.

Vale ressaltar que o câncer de estômago tem uma taxa de mortalidade de 90%, uma das mais altas do Brasil, com cerca de 20 mil óbitos registrados anualmente no país. “Por isso esses novos tratamentos são importantes, porque eles oferecem uma perspectiva melhor para o cenário de uma doença bem agressiva”, conclui.

Os resultados do consenso são uma confirmação da importância da colaboração entre profissionais de saúde e da pesquisa contínua na busca por tratamentos mais eficazes para o câncer de estômago. A divulgação completa do encontro será ainda em março, na próxima edição da revista Gastric Cancer, a principal publicação mundial sobre o tema.

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