Sempre é tempo de aprender

Eu-Cidadão realizou atendimento virtual e produziu tutoriais instrutivos para os participantes

Crédito: Roberto Caloni

“Nunca é tarde para aprender”, diz Odete Maria Lauermann, 66 anos. “Hoje meu esposo e eu sabemos manusear o computador e consigo usar meu celular”, conta Leoni Gomes, 57 anos. Elas integram grupos de adultos e idosos do Eu-Cidadão, espaço que promove a inclusão digital e o acesso às novas tecnologias da informação. A assistente social e coordenadora do projeto, Lucelaine Arabél da Silveira, relata a importância da manutenção do vínculo, por meio de contato telefônico, durante o ano. “De um jeito diferente, mas igualmente acolhedor, principalmente, com o público adulto e idoso, que sentiu muito o impacto da pandemia. Foi possível perceber demandas, fazer acompanhamentos e encaminhamentos a outros projetos da Unisinos e serviços do município”, destaca.

Durante o ano, dificuldades e necessidades foram identificadas. Com isso, a equipe do Eu-Cidadão produziu vídeos tutoriais com dicas de uso do celular e diferentes aplicativos. E foi em um grupo, em aplicativo de troca de mensagens, que o público atendido teve acesso aos vídeos. Com os tutoriais, Leoni conta que aprendeu a ajustar o relógio no celular e baixar aplicativos. “Todos foram excelentes, com explicações simples e claras de fácil entendimento”, afirma. Para Odete, os vídeos ajudaram a amenizar a falta do convívio presencial. Com um aplicativo que aprendeu a usar, fez uma chamada de vídeo para uma amiga que reside em outra cidade. “Encurtando a distância e matando a saudade”, relembra.

Leoni conheceu o projeto por meio do esposo que já participava. Ela considera importante o trabalho desenvolvido, pois o acesso à tecnologia facilita e auxilia na vida. E ressalta a atenção e o cuidado dos educadores na produção do material. “Para mim foi de extrema importância, como creio que para os demais participantes. Na minha turma, todos os colegas manifestaram suas dificuldades e o interesse em aprender os conteúdos dos tutoriais. Se tivesse que dar uma nota, seria mil”, afirma. Para se adaptar à nova realidade e dar alternativa às oficinas presenciais, a equipe do Eu-Cidadão produziu tutoriais instrutivos com duração de cerca de dois minutos cada.

Crédito: Roberto Caloni

Odete está no projeto desde 2019, conheceu por meio de uma amiga que fez a inscrição para participar. Para ela, as oficinas proporcionam atividades em grupo que promovem a criação de vínculos entre os participantes e agregam na qualidade de vida. “Foi muito importante porque adquiri conhecimento e uma realização de poder acompanhar a tecnologia nos dias de hoje. Considero-me feliz”, avalia. Com o material disponibilizado, duas a três vezes por semana, o grupo de inscritos foi desafiado a desenvolver o aprendizado com mais autonomia e autoconfiança.

No total, foram produzidos 33 tutoriais pela equipe do Eu-Cidadão. As atividades impactaram 183 pessoas durante o ano. A coordenadora ressalta os desafios superados pela própria equipe que se dedicou na produção e edição dos materiais, além do empenho do público atendido que se motivou a uma nova forma de aprendizado. “Acredito que a aproximação com a equipe, por meio dos vídeos, transmitiu segurança, confiança e fortaleceu ainda mais os vínculos com os participantes adultos e idosos. Desenvolvemos empatia com os grupos e estimulamos a acreditarem nas suas potencialidades”, afirma. Além das oficinas virtuais para diferentes públicos, o projeto realizou parceria com uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes, o intensivo Prouni e atendimentos online na área do Serviço Social.

Esta matéria foi escrita em meados de 2021, referente ao Balanço Social 2020.

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