Egressas do curso de Arquitetura recebem prêmio em Curitiba 

Premiação ocorreu no 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

Crédito: Divulgação

As egressas do curso de Arquitetura e Urbanismo, Cibele Kunzler e Eduarda Michelon, receberam o Prêmio Ibramem de Arquitetura e Design em Madeira 2025. A premiação correu no 18º Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira, em Curitiba/PR, onde ocorreram diversas palestras e exposições tendo foco neste material e suas aplicações. 

No total, 116 projetos foram inscritos, dos quais 5 foram finalistas na modalidade para estudantes de arquitetura. Os projetos inscritos representaram 7 países da América Latina, 9 estados brasileiros em 13 universidades diferentes. Todos os finalistas tiveram seus trabalhos expostos durante a feira. Como reconhecimento, os 4 vencedores foram premiados com viagens para a Semana de la Madera 2025, no Chile. 

Eduarda explica que o trabalho, intitulado Regeneração e Espaço, e que contou com a orientação da professora Patrícia Nerbas, consiste em um projeto arquitetônico para o Canteiro Experimental da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. “Um Canteiro Experimental é o espaço em que os estudantes de Arquitetura e Engenharia têm aulas práticas de construção com diferentes materiais em escala real”, completa. 

Cibele lembra que o projeto começou a ser desenvolvido em 2024 e que o concurso tem como norteador a utilização de madeira como principal material construtivo do projeto. “A madeira como material nas edificações é uma resposta sustentável da nossa indústria da construção, que é uma grande emissora global de gás carbônico”. 

Reconhecendo a importância deste material, Cibele conta que a proposta parte do conceito de Arquitetura Regenerativa, que utiliza soluções baseadas na natureza como elementos de projeto e busca estender a vida útil das edificações, através da criação de um projeto flexível em seu uso. “Portanto, ele surge como uma resposta ao meio natural em que se encontra, utilizando sol, ventos e vegetações como principais diretrizes, além das necessidades dos usuários”, complementa Kunzler. 

Segundo Eduarda, o terreno de implantação da proposta foi um dos principais desafios, por se tratar de um local isolado do restante do campus da Universidade. “Compreendendo nosso papel como arquitetas e a importância da arquitetura como educadora de soluções sustentáveis, desenvolvemos uma estrutura complementar ao canteiro: uma torre que, além de elevar os reservatórios de água, serve como espaços de descanso e estudo em integração com a natureza, usufruindo de uma vista para uma área de preservação”.  

Michelon completa dizendo que a existência deste espaço incentiva que estudantes de outras áreas de conhecimento se desloquem até o local e entrem em contato físico com a obra, se tornando também usuários dela e adquirindo conhecimento a partir da vivência em edificações com soluções sustentáveis. 

A dupla sempre teve o incentivo dos professores e o projeto foi pensado de maneira universal. “Sendo assim, foram considerados não só os estudantes que naturalmente utilizam aquele espaço de qualquer maneira, mas buscou-se envolver outros usuários no processo, além de outras formas de vida presentes na área de preservação próxima: vegetações e animais”, comenta Cibele.  

Foram considerados também, não só o uso do material na construção dos experimentos práticos, mas também na incorporação desses materiais na edificação após seu descarte, com um sistema de reaproveitamento de entulho em fechamentos e mobiliários. “Além disso, sempre tivemos também, a partir dos nossos mestres, o ensinamento pragmático e técnico, levando em consideração a possibilidade construtiva do projeto”, afirma Kunzler. 

 A egressa encerra dizendo que seguirão se aprofundando em técnicas sustentáveis de projeto e construção, bem como em respostas inteligentes para os problemas ambientais e socioeconômicos atuais, buscando sempre por mais oportunidades de colocar estas ideias em prática e difundir estes conhecimentos no meio e fora dele.  “Fomos premiadas com uma viagem para o Chile, para a Semana de la Madera que acontecerá dos dias 09 a 12 de outubro. Seguimos animadas para aprendermos cada vez mais!”, finaliza Cibele. 

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