Cursos da Unisinos são avaliados com notas 4 e 5 pelo MEC

Crédito: Rodrigo W. Blum

Quando uma Instituição de Educação Superior (IES) submete suas novas propostas de cursos de graduação para o processo de autorização de curso junto ao Ministério da Educação (MEC), elas são analisadas a partir de uma série de dimensões, que englobam desde seu projeto pedagógico e políticas institucionais à infraestrutura que estará disponível aos alunos. Como parte do processo de garantir mais opções de formação superior, a Unisinos submeteu, à apreciação do MEC, uma série de cursos novos a serem ofertados no campus POA e na modalidade EaD. Assim, entre os meses de julho e outubro de 2021, a Universidade recebeu 13 comissões de avaliação, para a avaliação de 11 cursos superiores de tecnologia, um curso de licenciatura e um bacharelado em EaD, que outorgaram notas 4 e 5 (sendo 5 a nota máxima) aos cursos avaliados neste processo.

“A Unisinos vê esse resultado como o reconhecimento de um trabalho que vem sendo feito. Apostamos na excelência acadêmica, na formação integral das pessoas, e os nossos cursos, quando bem avaliados, demonstram que estamos no caminho certo”, reflete o vice-reitor da Unisinos entre 2018 e 2021, Pe. Pedro Gilberto Gomes.

Como acontecem os processos de autorização?

A professora Cristiane Schnack, gerente de Desenvolvimento do Ensino da Unidade Acadêmica de Graduação (UAGRAD), esclarece que o processo de avaliação de um curso acontece em três dimensões. Na primeira é feita uma avaliação da proposta curricular e pedagógica, bem como as políticas institucionais que a orientam, e tudo o que é oferecido ao aluno, assim como as práticas pedagógicas e habilidades dos professores para traduzirem conhecimentos e técnicas. Já a segunda dimensão se ocupa em avaliar a estrutura docente e de coordenação de cada curso de graduação. Por fim, na terceira dimensão, são avaliadas a infraestrutura e a tecnologia que estarão à disposição dos alunos. “É uma avaliação multisetorial que não olha apenas para a proposta do curso, mas para todos os aspectos que o envolvem. É um trabalho multidisciplinar. Então, essas notas são uma conquista de toda a Universidade e mostram o amadurecimento da interação entre os diferentes setores”, explica Cristiane.

Durante a última etapa do processo, em visitas in loco realizadas em 2021 de maneira remota, as comissões avaliadoras do MEC, compostas por dois professores de universidades públicas ou privadas, realizaram um tour virtual pelos espaços da Universidade e tiveram acesso a documentos institucionais que comprovam suas políticas e demonstram como os cursos funcionam. Ainda nesta etapa, ocorreram uma série de reuniões com membros de setores da Universidade, do corpo docente, NDE e coordenações. Entre essas equipes, está a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da Unisinos.

A CPA e os resultados do MEC

De acordo com Cristiane Schnack, a CPA é uma parte importante de qualquer avaliação externa, porque ela se volta para os processos de avaliação internos. “Nós observamos, nestes últimos dois anos, um amadurecimento do trabalho da CPA naquilo que ela se propõe a fazer: acompanhar o desenvolvimento da Universidade e auxiliá-la a melhorar suas práticas”, afirma a professora.

Nas avaliações do MEC, a CPA contribui de duas formas principais: 1) na identificação de melhorias a serem implementadas para a vida na Universidade; 2) comunicando para as comissões avaliadoras a dinâmica de seus trabalhos, além dos documentos e relatórios produzidos por ela. “O que aconteceu em todas as visitas é que o trabalho consistente e articulado da CPA foi muito elogiado pelos avaliadores do MEC”, pontua Cristiane.

Além da participação nas avaliações, a CPA também auxilia diferentes setores da Unisinos ao longo do ano. A partir dos resultados das pesquisas internas organizadas pela Comissão e percepções de melhorias sobre processos da Universidade, a CPA sinaliza tudo aquilo que deve ser ponto de atenção. A equipe utiliza os relatórios gerados pelas avaliações externas e internas para pontuar aos gestores o que pode ser feito para integrar ao cotidiano da Instituição todos os feedbacks recebidos.

“O papel da CPA é tentar consolidar a Avaliação Institucional, seja ela interna ou externa, como um mecanismo de gestão, esse é o nosso principal desafio”, relata Débora Silveira Quadrado, representante do corpo técnico-administrativo da Comissão. No início de 2021, por exemplo, a CPA agendou uma reunião com a UAGRAD e a Unidade Acadêmica de Educação Online (UAEO) para compartilhar suas percepções sobre processos de criação de novos cursos. Durante as avaliações do MEC também auxiliou as Unidades na construção de soluções para a condução das visitas.

Para Débora, os resultados dessas avaliações são satisfatórios não apenas pela nota em si e o que ela diz sobre a Universidade, mas também para demonstrar a importância do trabalho em colaboração com a CPA. “Os resultados deste último ano foram bons porque a gente tem olhado para os relatórios emitidos pelos avaliadores e melhorado nossas práticas de acordo com cada necessidade. Agora, todos os cursos que não tiveram nota máxima, por exemplo, têm seus relatórios analisados para a identificação de melhorias para que as próximas avaliações sejam ainda melhores”, informa.

Não termina com a nota máxima

Um processo de autorização de curso não termina com a atribuição de sua nota. Após o encaminhamento da avaliação, o MEC valida o processo emitindo uma portaria de autorização no Diário Oficial da União. E mesmo após a graduação ser autorizada com uma nota 5, por exemplo, ela precisa buscar manter essa excelência nos futuros processos de reconhecimento de curso.

“Nós não buscamos a nota pela nota, ela é uma consequência daquilo que estamos fazendo. Se desenvolvemos bem aquilo que estamos nos propondo a fazer, a nota é boa, caso contrário, não. Porém, se eu trabalho apenas em função da nota, quando eu atinjo 5, eu paro, pois penso que já consegui. Mas precisamos continuar”, manifesta Pe. Pedro.

Na visão de Débora Quadrado, ser autorizado com a nota máxima não significa acomodação. A CPA existe para manter uma interpretação atenta sobre como estão se desenvolvendo os cursos. “A proposta para a autorização ocorre antes do curso existir, mas, e ele existindo? Continuou com aquilo que foi idealizado? Essa é a tarefa da CPA, contribuir com a universidade e proporcionar subsídios para manter a qualidade do ensino”, conclui.

Você pode saber mais sobre as contribuições da CPA para o desenvolvimento da Universidade no novo site da Comissão.

Para além da formação acadêmica

Um dos pontos observados em processos externos de avaliação diz respeito a políticas institucionais para a implementação do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade, sobretudo na formação humanista dos estudantes. Esse fator auxilia a própria Unisinos a entender se essas propostas estão sendo colocadas em prática.

Por isso, é pensando na busca pela formação humana – por trás das notas atribuídas pelo MEC e das Avaliações Internas da Unisinos – que Pe. Pedro deixa uma mensagem: “Nós não queremos formar profissionais que vão apenas ganhar dinheiro. Nós queremos profissionais que, para além de serem altamente competentes nas suas áreas, façam a diferença na sociedade. A avaliação vai te trazer vários objetivos da formação profissional, e isso é fundamental. Mas a formação humana e integral não se faz com discurso, se faz com exemplos – através da criação de um ambiente de justiça, de valor e de formação integral”, ensina.

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