Acolhimento que gera conhecimento na prática

Alunos da Escola de Saúde realizaram telemonitoramento de pacientes com Covid-19 em São Leopoldo

Crédito: Roberto Caloni

A Covid-19 age de forma diferente em cada pessoa. Algumas têm sintomas que permitem uma recuperação mais rápida, enquanto outras são afetadas de maneira muito grave. Sem saber como cada corpo humano reagirá ao vírus, a solução é se cuidar e cuidar dos outros. Diante disso, o telemonitoramento é parte muito importante do processo de recuperação para quem é infectado pelo novo coronavírus. Acompanhar a evolução do paciente, diariamente, é extremamente importante. Sabendo disso, alunos da Escola de Saúde, supervisionados por professores da Unisinos, iniciaram, em 2020, o projeto Unitelecuidado com a realização do telemonitoramento de pacientes com Covid-19 em São Leopoldo. O objetivo foi acompanhar a evolução em cada caso e prestar acolhimento aos pacientes.

Cuidado, atenção e uma palavra de conforto são gestos que podem fazer a diferença. Joseane Gonçalves, estudante da Graduação em Enfermagem da Unisinos, atuou no projeto durante o ano de 2020 e sabe muito bem disso. Ela conta que, diariamente, contatava cerca de 20 pacientes, mas os atendimentos foram elevados em momentos mais críticos da pandemia. A aluna ressalta a importância do serviço e do vínculo de confiança criado com pessoas que, além do isolamento social, enfrentavam a luta contra a doença. “Foi uma experiência única e diferente de todas as práticas já realizadas na universidade, devido ao cenário da pandemia, muitas restrições foram necessárias, o telemonitoramento foi uma experiência nova. Foi possível vivenciar uma nova dimensão do cuidado”, explica.

O acolhimento tem papel importante para os pacientes da Covid-19 e, também, aos alunos. Para a coordenadora adjunta do curso de Medicina, Cláudia Stadtlober, oportuniza um campo de prática inovador e interprofissional para os estudantes, centrado no usuário, no serviço e no contexto de saúde local. “Para os nossos alunos é fundamental, pois conhecem mais sobre o momento de pandemia, desenvolvem a empatia para atender e apoiar o paciente que estão contatando”, completa. Apesar de seguir um roteiro prévio de orientação aos alunos, Joseane destaca que cada atendimento era diferenciado. “A pandemia trouxe enormes desafios para nós profissionais, mas permitiu que se encontrassem novas maneiras de ofertar o cuidado, com a mesma atenção e eficiência de um cuidado presencial. Acredito que este serviço de telemonitoramento tenha vindo para ficar”, afirma.

O Unitelecuidado oportunizou aos alunos, o desenvolvimento de competências para implementar cuidados utilizando a tecnologia. Cláudia enfatiza que a realização desse trabalho é necessária para o aprendizado. “Desenvolvendo competências fundamentais aos profissionais da saúde, como humanização, empatia e comunicação”, explica. Para Joseane, o telemonitoramento acrescentou uma visão diferenciada sobre o cuidado com o paciente. “A Unisinos provou seu diferencial e permitiu uma forma segura dos alunos se colocarem próximo dos pacientes. Sendo da área da enfermagem é muito difícil atender a um paciente sem tocar e sem olhar nos olhos dele. A Universidade propôs um grande desafio e todo trabalho feito foi muito positivo e importante para população neste cenário de pandemia”, conclui.

O Unitelecuidado, realizado pelos alunos da Unisinos, teve início com o atendimento a pacientes crônicos em uma parceria com o município de São Leopoldo. Devido à importância identificada e ao agravamento da pandemia, foi ampliado a pacientes infectados pela Covid-19. No total, foram 4.564 atendimentos prestados durante o ano.

Esta matéria foi escrita em meados de 2021, referente ao Balanço Social 2020.

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