Gestores socialmente responsáveis

Curso de Gestão para Inovação e Liderança firma parceria com Instituto Jama

Foto: Arquivo Pessoal

A graduação em Administração – Gestão para Inovação e Liderança (GIL) tem nova parceria: o Instituto Jama. Criada para direcionar investimentos da família do jornalista Jayme Sirotsky, a entidade apoia projetos nas áreas de educação, assistência social e cultura.

Por meio dessa colaboração, o curso tem acesso a uma organização do terceiro setor indicada pelo Jama, junto à qual desenvolve ações para promover melhorias na gestão. De acordo com a professora Janaína Lemos Becker, que integra a coordenação do curso, a interação com situações reais amplia o sentido do social e a relação empática dos estudantes com o mundo.

Além de proporcionar o ensino pela prática, a parceria tem o propósito de subsidiar a publicação de artigos científicos e contribuir para a sustentabilidade da organização contemplada.

Primeiro Saque

O projeto Primeiro Saque, fundado pelo tenista profissional Matheus Triska, é a entidade escolhida pelo Jama para participar do processo pedagógico. Por meio do esporte, a iniciativa promove a inclusão social de crianças que vivem em situação de vulnerabilidade, ao mesmo tempo que estimula o desenvolvimento da cidadania e do coletivismo.

Pela Unisinos, participam os estudantes da oficina Aprendendo a aprender, do PA1 do curso. Conforme a professora que ministra as atividades, Soraia Schutel, o objetivo da oficina é fazer com que “os alunos incorporem a importância do conhecimento constante; uma das principais características dos profissionais que estão sempre bem posicionados no mercado de trabalho”.

Esse aprendizado do qual fala a professora tem decorrido de encontros mensais. No primeiro deles, os alunos foram apresentados a processos de aprendizagem. No segundo, visitaram a sede do Primeiro Saque, em Canoas, e, em grupos, identificaram necessidades da instituição em termos de recursos humanos e pedagógicos, financeiros e de marketing. Nos próximos, conhecerão as crianças do projeto, entenderão a dinâmica de uma outra entidade sem fins lucrativos e realizarão seminário com empresários.

“Para sugerir melhorias, os alunos precisaram entender o projeto”, conta Soraia. “Eles questionaram, fizeram um diagnóstico organizacional e encontraram oportunidades, como numa consultoria.” Essa estratégia – de dar aos estudantes visão de análise, empatia e colaboração – potencializa a proposta pedagógica do GIL de desenvolver competências de gestão a partir do contato com a realidade e capacita gestores socialmente responsáveis.

O estudante Augusto Massena, que participa da oficina, aprova o método. “Acima da experiência como gestores, a maior de todas será a de vida. Enxergar e conviver com uma realidade totalmente diferente da nossa agregará muito valor e nos dará muito conhecimento”, avalia. Ele também destaca a expectativa pelos encontros e a admiração pelo trabalho do tenista Matheus Triska.

Foto: Arquivo Pessoal

Passos seguintes

Augusto mesmo detalha a continuidade dos encontros: “Nossa próxima ação é conjunta com as crianças e ocorre na metade de maio. A expectativa é grande. Preparamos atividades sobre ser e ter. Outro projeto é o de fazer uma horta para os alunos do projeto, para que eles cuidem cada um de sua plantinha, acompanhando seu crescimento”, diz.

Também parte desse esforço comum das instituições envolvidas o estabelecimento de vínculos que extrapolam a sala de aula – e o próprio estado. O Instituto Guga Kuerten é um deles. No dia 25 de abril, a professora Soraia, a executiva do Jama Janaina Audino e o tenista Matheus Triska foram recepcionados pelo coordenador esportivo da entidade, Marcelo Lima, em Florianópolis.

Nessa visita, começaram a planejar a ida dos alunos do GIL e do projeto Primeiro Saque à semana Guga Kuerten, programada para o segundo semestre do ano. A cooperação entre as instituições, portanto, segue até lá e se consolida com a atividade integradora de Projeto Social (PA2 do curso).

“Além de desenvolver competências de gestão desde o primeiro semestre, a oficina, junto com essa parceria, contribui para a formação humanista dos alunos”, conclui Soraia. “A experiência provoca o aluno a refletir constantemente sobre o que ele pode fazer para construir um país melhor.”

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