Soluções menores, metas maiores

Institutos Tecnológicos contribuem para o desenvolvimento de novas e mais eficientes soluções em diversas áreas

Crédito: Divulgação

No último dia 18 de junho, a empresa HT Micron apresentou seu primeiro grande produto na área de semicondutores: o iMCP, desenvolvido em conjunto com o Instituto Tecnológico de Semicondutores, o itt Chip. O produto é um SiP (system-in-package) que propicia ao mercado local e à indústria digital brasileira uma vantagem competitiva. O país torna-se um dos poucos no mundo capazes de encapsular esse tipo de solução para a Internet das Coisas (IoT).

O coordenador do itt Chip, Celso Peter, explica como funcionou a colaboração. A  equipe era multidisciplinar, com engenheiros e projetistas do itt e da HT Micron, mais os pesquisadores da Unisinos. Eles trabalharam dentro de uma sala do Instituto na maior parte do tempo desde setembro do ano passado. “São muitas simulações e testes em cima dos protótipos e designs originais para que o produto fosse validado e ficasse pronto para produção em volume”, afirma.

O itt Chip, implantado em 2011, é uma iniciativa que começou uma nova fase de fomento tecnológico por parte da Unisinos. Desde então, quatro novos Institutos Tecnológicos foram implantados na universidade. O itt Fuse, sobre Ensaios e Segurança Funcional, que contribui com recursos para uma maior competitividade das empresas ao avaliar tempo de vida e a qualidade dos processos produtivos; o itt Performance, sobre Desempenho e Construção Civil, que versa sobre a segurança, resistência e durabilidade de materiais e equipamentos para o setor; o itt Nutrifor, sobre Alimentos para Saúde, que desenvolve soluções para nutricêutica, segurança alimentar e gastronomia experimental; e o itt Fossil, de Micropaleontologia, que realiza pesquisas em bioestratigrafia e paleoecologia utilizando nanofósseis, foraminíferos, palinologia, radiolários, ostracodes e carófitas.

O coordenador administrativo dos Institutos Tecnológicos da Unisinos, Silvio Bittencourt, ressalta que, para além do desenvolvimento de novos produtos, todos os itts contam com ampla capacidade para testes, ensaios e análises com chancela de diversas entidades de credenciamento, tais como o INMETRO e a ABNT. “Mas acima de tudo, temos contribuído para o desenvolvimento social local ao apoiarmos micro e pequenas empresas, que são características do Rio Grande do Sul, gerando cerca de 75% dos empregos do Estado.”

Silvio ainda lembra que, apesar do iMCP ter sido desenvolvido com o itt Chip e a HT Micron, uma empresa instalada no Tecnosinos, junto da universidade, há uma rede de inovação que transcende o Vale dos Sinos. “É uma característica das nossas iniciativas em Geologia e em Construção Civil, por exemplo, de existir uma projeção nacional e até internacional por conta dos projetos ali executados e seu alcance.”

O nosso website usa cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização.

Aceitar