Projeto da Unisinos se torna banco de materiais de construção de São Leopoldo

A ação colaborativa iniciou com o grupo Engenheiros Pela Comunidade e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da universidade

Crédito: Getty Images

Uma lei sancionada pelo prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, estabeleceu a criação do Banco de Materiais de Construção. O espaço, que vai operar na antiga Casa de Pedras, oferecerá apoio às políticas públicas e às organizações e iniciativas comunitárias da cidade. A lei surgiu a partir de um projeto desenvolvido de forma colaborativa por alunos integrantes do grupo dos Engenheiros Pela Comunidade e por professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (PPGEC) da Unisinos, membros dos grupos de pesquisa Materiais de Construção (GMat) e Núcleo de Caracterização de Materiais (NucMat). 

Protocolado sem alterações pelo vereador Alessandro Camilo (conhecido como Lemos), o idealizador do projeto e participante do Engenheiros Pela Comunidade, Naiton Gamalembra, lembra que a ideia surgiu há três anos e o quanto possuía uma demanda retraída. “Já notávamos um expressivo desperdício dos materiais. Nas melhores construções, 90% do material é utilizado e o restante descartado”, enfatiza.   

Com apoio técnico do PPGEC da Unisinos, esta iniciativa terá o envolvimento de alunos de graduação, mestrado e doutorado de diversos cursos da universidade. “A partir da operacionalização do Banco, em parceria com o município, empresas parceiras, instituições do terceiro setor e lideranças comunitárias, será possível ampliar consideravelmente a gama de projetos desenvolvidos para atender as comunidades carentes da região”, celebra Maurício Mancio, coordenador do PPGEC, membro do GMat e um dos orientadores do Engenheiros Pela Comunidade.   

Com previsão de início para o primeiro semestre deste ano, o Banco de Materiais de Construção será responsável por receber, recondicionar, guardar, distribuir e controlar o estoque e a saída de materiais, resíduos sólidos utilizados em obras, sobras de matérias-primas, provenientes de doações e aquisições.    

Como vai ocorrer a operação   

As doações para o Banco de Materiais de Construção serão feitas diretamente aos Engenheiros Pela Comunidade. Já para os beneficiados, a ordem de atendimento vai objetivar o uso racional dos recursos e materiais disponíveis, sempre priorizando o maior número de beneficiados possível.  

Os projetos e as requisições que visem atender interesses e necessidades coletivas serão aqueles que terão maior atenção nesta iniciativa, podendo ser alterados conforme a gravidade da situação do caso concreto, verificada por determinação judicial, laudo ou parecer social da assistência social, parecer da Defesa Civil ou do Corpo de Bombeiros.  

Interação com o observatório de mudanças climáticas    

O recém-criado Observatório Municipal das Mudanças Climáticas de São Leopoldo (OMC), que visa reduzir as emissões de gases do efeito estufa, terá uma relação próxima com o Banco de Materiais de Construção. “Como essa iniciativa propõe a redução do uso de matérias-primas e grande estímulo à reciclagem, ela vai se entrelaçar com os estudos que estamos realizando para o observatório. Todas são ações de sustentabilidade ambiental”, comenta o coordenador dos estudos para o OMC, orientador do Engenheiros Pela Comunidade e professor do PPGEC da Unisinos, Carlos Alberto Mendes Moraes.  

Ainda, segundo Moraes, com esse espaço físico do Banco, muitos trabalhos a serão desenvolvidos pela universidade. “Serão abertas muitas possibilidades, pois poderemos contribuir com construções sólidas e estruturalmente eficientes para diversas pessoas da comunidade”, projeta. 

Inscrições abertas

O PPG em Engenharia Civil e outros MBAs e especializações estão com inscrições abertas. Saiba mais neste link.

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