Programa Esporte Integral representa o Brasil no Mundial de Futebol de Rua

Sete jovens representarão o país no evento que acontece em São Paulo, entre os dias 1º e 12 de julho

Na manhã da segunda-feira, dia 30 de junho, mais uma delegação que disputa o mundial embarcou para São Paulo. Mas não se trata das seleções que disputam a Copa do Mundo da Fifa, e sim dos alunos do Programa Esporte Integral, projeto social da Unisinos, que participarão do Mundial de Futebol de Rua, entre os dias 1º e 12 de julho. O evento reunirá 300 jovens de 24 países, e estima-se um público total de 10 mil pessoas.

A escalação composta por: Isadora, Jéferson, Juliana, Macquiciel, Mônica, Thamires e Vinícios, teve que acordar cedo. Às sete horas da manhã, um micro-ônibus saiu de São Leopoldo com destino ao aeroporto, e junto com eles, seus familiares acompanharam os momentos de euforia e ansiedade. Durante todo o percurso pela BR-116, poucas palavras puderam ser ouvidas, todos estavam contidos até o momento em que o micro subiu a rampa de acesso ao Salgado Filho, quando frases de nervosismo foram ouvidas “Meu Deus”, expressou em tom alto uma das meninas.

Ao descerem do transporte, fotos – na sua maioria selfies – já foram tiradas, o momento era único para todos, pois essa seria a primeira vez que viajariam de avião. Dentro do aeroporto, o momento era de se organizarem, adesivos do PEI foram colados nas malas de cada um pelas educadoras, enquanto a curiosidade dos educandos era de conhecer a estrutura do local. Nessa caminhada pelo saguão, eles encontraram o ex-jogador do Inter, Pablo Guinãzú, que parou para fazer uma foto com todos juntos. “Vimos o Guiñazú…” e “Tiramos uma foto com ele…”, eram as frases utilizadas para mostrar a felicidade que estavam sentindo naquela hora.

“Eles estão indo jogar a Copa do Mundo deles.”

Augusto Dotto, coordenador do PEI

Chegar em São Paulo e representar o PEI estava cada vez mais próximo, e as expectativas pelo mundial só aumentava. “Espero fazer amigos lá e falar bastante inglês”, comenta Jéferson Sales. Participando pela segunda vez de um torneio desse porte, Juliana Cardoso se mostra eufórica pela viagem. “Em 2012, fui para Montevidéu, no Uruguai, e espero rever os amigos e fazer novas amizades”. Com essa mistura de sentimentos emocionais, por estarem prestes a sair do Estado e viajar de avião, Augusto Dotto, coordenador do PEI, vê uma questão fundamental para eles nesse período: “No meio dessa história toda de Copa do Mundo, eles não estão simplesmente vendo a copa pela televisão, eles estão indo jogar a Copa do Mundo deles”.

Faltando uma hora para a partida, e com os check-ins feitos, os jovens teriam que ir para a sala de embarque.  Era a hora de se despedir dos pais, dar aquele último abraço apertado e rumar até a capital paulista por 14 dias. Estar próximo de entrar em um avião pela primeira vez deixava os alunos cada vez mais nervosos, mas a curiosidade deles era maior. “Eu sou a única que quer sentar na janela”, expõe Isadora da Rosa. Após os últimos chamegos, os educandos entraram na sala e os pais foram até a janela panorâmica avistar o avião que levou os seus filhos.

A gente está confiando bastante na equipe”, diz Eloísa de Freitas, mãe da Mônica, sobre ela viajar sozinha pela primeira vez. Enquanto Eloísa se mostrava tranquila, Lidiane Pagani, mãe da Thamires, estava visivelmente aflita. “Estou com o coração na mão”, garante ela, que está muito feliz pela filha. “Ela é apaixonada por futebol, estava contando os dias para ir a São Paulo”, conta. Quando chegou 10h40, o avião começou a sua partida, alçou voo e rapidamente desapareceu no meio das nuvens baixas, que cobriam o céu de Porto Alegre. “Lá está minha filha. Boa viagem”, exclama baixinho uma das mães, escorregando o dedo no vidro da janela, deixando uma pequena marca embaçada.

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