Pacto Alegre define propostas de projetos relativas ao macrodesafio de Ambiente de Negócios

Representantes dos setores público e privado interagiram para identificar as ideias prioritárias

Crédito: Eduardo Beleske

Uma plataforma virtual para acelerar conexões e identificar ideias inovadoras para superar desafios da cidade; um sistema mais ágil e digital para licenciamentos e uma blitz de inovação para estimular o empreendedorismo entre os jovens. Estas foram as iniciativas que receberam o maior apoio coletivo na manhã da última sexta-feira, dia 26 de abril, durante a segunda oficina de ideação de projetos do Pacto Alegre, que teve como foco a identificação de iniciativas que impactem a cidade no macrodesafio Ambiente de Negócios. O evento envolveu mais de 40 representantes de entidades que compõem a mesa do Pacto Alegre e se propuseram a participar da geração de iniciativas associadas a esse macrodesafio.

A primeira oficina teve como foco o macrodesafio Imagem da Cidade, e ocorreu no dia 12 de abril. Nas próximas semanas serão realizadas as oficinas relativas aos macrodesafios Talentos, Transformação Urbana, Qualidade de Vida, e Modernização da Administração Pública. Os eventos estão acontecendo no Campus Unisinos Porto Alegre, uma das 3 universidades que formam a Aliança pela Inovação, que impulsionou a criação do Pacto Alegre em conjunto com a PMPA.

Por meio de uma metodologia que estimulou a rápida e sinérgica interatividade entre os participantes, foram discutidas possibilidades e avaliadas possíveis iniciativas que pudessem impactar o ambiente de negócios na nossa cidade. As visões de empresários, associações de classe, políticos e representantes de instituições de ensino foram compartilhadas e conjugadas, tendo como parâmetros os requisitos da metodologia construída pela equipe de coordenação do Pacto em parceria com o consultor espanhol Josep Piqué, que demandam que cada proposta de projeto a ser submetida à MESA do Pacto Alegre tenha claramente identificado seu impacto potencial, sua condição de execução imediata e sua capacidade de gerar entregas de curto prazo.

Segundo o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, este encontro permitiu novos avanços significativos nesse movimento coletivo em prol da capital gaúcha que se mostra cada vez mais envigorada. “As propostas, muito interessantes, que estão sendo geradas e priorizadas em cada oficina, serão encaminhadas de forma conjunta à MESA do Pacto Alegre, na próxima reunião plenária, que acontecerá em 31 de maio de 2019. A manhã foi muito rica e produtiva, com uma riqueza de ideias e uma disposição franca e generosa para pensar em como, a partir do que já dispomos no nosso ecossistema, podemos gerar ações de alto impacto e capazes de ser implementadas imediatamente. Com o avanço do Pacto Alegre estamos conseguindo ativar e conectar de forma cada vez mais positiva o poderoso ecossistema de inovação de Porto Alegre. As propostas de projeto para o macrodesafio de Ambiente de Negócios são uma amostra bem positiva de que todas as entidades estão comprometidas com a ação e se dispondo a trabalhar e colocar suas forças em prol do bem coletivo. Isso é sinal de uma nova mentalidade de participação engajada que pode ser muito poderosa para gerar uma agenda de iniciativas efetivamente capaz de afetar o destino da nossa cidade. Na sequência teremos encontros com grupos de trabalho para refinar o desenho e metodologia dos projetos, para que os mesmos possam ser colocados em prática tão logo quanto possível, com indicadores e governanças bem definidas para que se possa acompanhar e impulsionar cada iniciativa. Quando a MESA definir quais das propostas comporão a agenda de projetos do Pacto Alegre, todas as entidades estarão assumindo a responsabilidade coletiva de apoiar e atuar proativamente para que as iniciativas escolhidas resultem no maior e mais significativo resultado possível”, celebra.

Projetos escolhidos

A iniciativa mais apoiada pelos presentes foi a geração de uma plataforma virtual de conexão e ideias inovadoras, denominada provisoriamente Trinova, que teve como um dos criadores o diretor Técnico do Hospital São Lucas da PUCRS, Saulo Bornhorst. “O nosso projeto está dividido em dois: o Trinova, que é a parte virtual, e o Open Space Porto Alegre, o ambiente físico. A ideia é facilitar de todas as formas a atuação de quem está querendo inovar. A ideia é gerar um espaço virtual para que as pessoas e o poder público possam expressar suas demandas e transmitir suas propostas de soluções. É uma ferramenta de aproximação de empreendedores, ou seja, aqueles que querem investir, com aqueles que querem propiciar a inovação”, destaca.

Outra iniciativa bastante apoiada está relacionada ao licenciamento, com objetivo de dar mais agilidade de processos. A noção é simplificar e na medida do possível reverter a lógica atual. “Precisamos de uma inversão da responsabilidade de autonomia. O setor público possui uma velocidade limitada. A proposta visa que a sociedade e o governo acordem prazos máximos de liberação de licenciamento. Caso o Governo não consiga atender a demanda no tempo estabelecido, seria gerada uma licença provisória, para não travar o desenvolvimento”, comenta um dos envolvidos, Fernando Mattos, secretário adjunto da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SICT).

Crédito: Eduardo Beleske

A terceira proposta mais apoiada envolve uma iniciativa radical e lúdica de estímulo à inovação para a área de ensino – as Blitz de Inovação. “A ideia é criar startups weekends, com apoio de várias entidades, que iriam às escolas visando estimular os jovens a pensarem em novas formas de resolver problemas antigos. Os professores das escolas seriam convidados a se engajar na condução dos eventos e, por consequência, a se tornarem facilitadores para transmitir aos alunos uma nova mentalidade empreendedora”, comenta Wagner Bergozza, vice-presidente da Associação Gaúcha de Startups (AGS). “Essa iniciativa de rápida implementação poderá ser combinada com outras ações em gestação ou já em execução por várias entidades do Pacto Alegre, tais como o Mais Caminhos e o Farol da Inovação, assim como ideias de uma plataforma coletiva de crowdfunding, permitindo gerar um processo de estímulo para a emergência de novos talentos em todos os cantos e segmentos da sociedade de Porto Alegre”, comenta o coordenador do Pacto Alegre.

Além dos três projetos mais apoiados, que serão modelados e aperfeiçoados para serem levados como propostas à MESA, as demais ideias geradas serão avaliadas pela mesa do Pacto Alegre, visando sua eventual incorporação no quadro de ações reconhecidas e apoiadas pelo Pacto Alegre.

Metodologia adotada

De maneira dinâmica, primeiramente, os representantes da MESA do Pacto Alegre foram estimulados a escreverem o que acreditavam ser relevante em um ambiente de negócios em Porto Alegre. Após esse momento, receberam as indicações de como os projetos precisavam ser apontados, como: impacto (que repercuta de forma significativa na realidade e ajuda a transformar positivamente a cidade), recursos e liderança (ativos necessários para que avance rapidamente e que existam pessoas que se dispõem a se engajar e impulsionar a ação) e entregas (ações mensuráveis de curto prazo que indiquem que o projeto está progredindo).

Na sequência, foram divididos em dois grupos: uma parte ficou em uma roda interna (a qual recebiam três perguntas para debater entre os participantes) e uma roda externa (para atuar como observadores). Após essa rodada foram invertidos os papéis.

Crédito: Eduardo Beleske

Posteriormente, os participantes foram divididos em quatro times, sendo que cada grupo possuía um painel. Nele, foram inseridas as suas ideias, as quais teriam que constar diferenciais relevantes de impacto, recursos e liderança e entrega. Com 12 ideias no total, os representantes elegeram três ideias como as prioritárias.

Cronograma de reuniões dos macrodesafios

3 de maio – Modernização da Administração Pública

10 de maio – Talentos

20 de maio – Transformação Urbana

24 maio – Qualidade de Vida

Sobre o Pacto Alegre

O Pacto Alegre é uma proposta de movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo é criar condições para que a cidade se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo. O movimento prevê o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A ideia é unir forças da cidade, de todos os segmentos, em prol de uma agenda comum. A iniciativa tem a coordenação da Aliança para Inovação (constituída por UFRGS, PUCRS e Unisinos) e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

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