Outubro Rosa: do diagnóstico à cura

Outubro Rosa: do diagnóstico à cura

Crédito: Especial

Quando chega o mês de outubro, a população já espera as campanhas referentes ao Outubro Rosa, que têm como principal objetivo reforçar os cuidados com a saúde da mulher e alertar sobre a incidência do câncer de mama. São dois milhões de mulheres no mundo e, destas, cerca de 66 mil são brasileiras atingidas pela doença, por ano.

De acordo com a professora da graduação em Medicina da Escola de Saúde da Unisinos e mestra em Genética Aplicada à Medicina com ênfase em oncogenética, Alessandra Borba, assim que a paciente recebe o diagnóstico de câncer de mama, se inicia um tratamento personalizado: “O que mais assusta as mulheres é que antigamente era feita a mastectomia, ou retirada total da mama, e isso assombra e vem com essa mensagem de mutilação ou morte”, diz.

Atualmente é feito um rastreamento populacional, buscando detectar lesões pequenas que são imperceptíveis no exame de toque. Uma cirurgia conservadora, ou seja, em que apenas o tumor é retirado e se preserva a mama, evitando sequelas.

A professora destaca que, quanto mais cedo a paciente descobre o tumor, maiores são as chances de cura. No caso clínico do câncer de mama, a doença é dividida em quatro estágios. E cada paciente faz o tratamento de acordo com o estágio de evolução da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as estratégias para a detecção precoce são o diagnóstico com abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas da doença e o rastreamento, que é a aplicação de um teste ou exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e encaminhar para investigação e tratamento.

Sintomas

Quanto aos sintomas, a médica Alessandra destaca que geralmente o câncer de mama não é acompanhado de dor. E que as menores lesões têm maiores chances de cura. “A maioria dos casos, quando são assintomáticos, já se descobre o câncer um pouco mais avançado, e o tumor pode medir de 1 a 2 centímetros”, destaca.

Mas em alguns casos podem surgir sintomas como: alteração no formato dos mamilos e das mamas, secreção, pele enrugada ou repuxada ou feridas.

O câncer de mama também pode afetar os homens, mas a estimativa é de apenas 1%. E é preciso ficar atento quando o homem tem alguma alteração genética. Neste caso, é preciso fazer a testagem a partir dos 35 anos.

Prevenção

Alessandra Borba destaca que as causas são multifatoriais e independem de idade, por exemplo. O Ministério da Saúde indica que a mamografia seja feita a partir dos 50 anos. Já a FEMAMA e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam o exame a partir dos 40 anos. Mas há exceções, no caso de histórico familiar ou de pacientes consideradas de alto risco, como ser fumante, ter filho depois dos 30 anos, por exemplo.

Para prevenir a doença, a médica e professora indica: uma boa alimentação, evitar excesso de bebidas alcoólicas, não fumar e fazer atividade física regularmente.

Cura

Depois de receber o diagnóstico de câncer de mama, a(o) profissional vai indicar o melhor tratamento de acordo com cada caso. Os exames solicitados são de mamografia, ressonância magnética, ecografia, entre outros exames de imagem. Uma biópsia também pode ser feita para detectar a doença.

No caso da detecção de câncer, uma cirurgia pode ser combinada com radioterapia, quimioterapia, endocrinoterapia e/ou imunoterapia.

Já é comprovado que fazer exame de mamografia reduz a mortalidade e detecta as lesões assintomáticas. Quanto mais cedo se descobre, a chance de cura pode chegar a 95%.

E quanto ao Outubro Rosa, a professora destaca: “É importante aproveitar as campanhas não pelo medo, mas pela educação. Quanto mais educação, mais temos conhecimento sobre o assunto e mais a gente consegue evoluir. O que queremos é detecção precoce”, ressalta.

Confira abaixo alguns dados sobre o câncer de mama e formas de tratar.

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