Estudantes de seis países desenvolvem ideias inovadoras no Moving the Cities 2021

Times 7, 5 e 13 foram os vencedores do desafio, que é dedicado ao intercâmbio de conhecimento

Crédito: Divulgação

Em sua quarta edição, o Desafio Moving the Cities, é uma iniciativa idealizada pela Unisinos em parceria com o UAS7 e a FH-Münster para promover o desenvolvimento de soluções através da cooperação internacional e intercultural entre ciência, empreendedorismo, inovação, tecnologia e sociedade. Neste ano, o evento foi realizado de 22 a 31 de outubro e propôs soluções alinhados aos três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Saúde e bem-estar (3), Educação de qualidade (4) e Ação contra a mudança global do clima (13). Foi dedicado a acadêmicos de universidades da Alemanha, do Brasil, do Chile, da Colômbia, da Inglaterra e dos Estados Unidos. Os times 7, 5 e 13 foram os que apresentaram as melhores soluções, sendo confirmados como os vencedores da edição 2021. Os certificados foram entregues na última sexta-feira, 12.

Uma das organizadoras do evento, a coordenadora do curso de Engenharia de Materiais e Engenharia Biomédica da Unisinos, Tatiana Rocha, destacou o engajamento dos estudantes ao longo do desafio. “Eles tiveram uma participação muito qualificada, se envolvendo nos times e trazendo contribuições muito legais”.

Crédito: Rodrigo W. Blum
Crédito: Rodrigo W. Blum

Tatiana ressaltou que, na edição deste ano, foi ampliado o número de parceiros, em especial, dos Estados Unidos. “O fato de ser híbrido foi um desafio positivo, pois conseguimos ter algumas pessoas presentes na abertura e ver, por exemplo, pessoas que estavam nos EUA, na Alemanha e no Teatro Unisinos interagindo de forma muito natural. Isso dá uma esperança de que, num próximo evento, possamos ter mais pessoas trabalhando presencialmente”.

Para Tatiana, o formato híbrido permite um alcance maior. “O hibridismo democratiza o evento, ampliando a participação de mais estudantes. Isso só se torna possível, pois não necessariamente é preciso se deslocar de um país para outro, o que implicaria em custos de viagem, o que muitas vezes inviabiliza a participação em eventos presenciais. Cabe lembrar, que na edição do Moving the Cities de 2019 tivemos a participação de times em que os estudantes trabalharam diretamente da Alemanha, enquanto estudantes chilenos ebrasileiros trabalhavam dentro do Tecnosinos”.

Uma das integrantes do Time 7, que foi vencedor do desafio, a estudante de Direito na Unisinos, Taís Müller Flores, que atua com pesquisa na área de inovação cientifica, direito e tecnologia, conta que se inscreveu para participar do desafio para conhecer mais sobre empreendedorismo. Ela ressaltou a importância do formato híbrido, que possibilitou que participasse de forma remota. “Tentávamos conciliar os horários de todos os membros do grupo. Foi uma grande experiência, que vai ficar marcada. Foi um trabalho incrível, com ótima interação, onde aprendemos muito uns com os outros. O plano é seguir com a empresa, abrir uma startup e dar continuidade ao projeto”.

OS PROJETOS VENCEDORES

1º LUGAR

Desafio: Saúde e bem-estar (3)

Time 7: Cristopher Trejo Gatica (USACH), Alfonso Enrique Suarez Cornejo (USACH), Dalila Hussein (Minnesota), Jemma English (Coventry), Henrique Martiny (Unisinos), Taís Müller Flores (Unisinos) e Olavo Schutz Mengue Junior (Unisinos).

Solução: O Time 7 propôs o desenvolvimento de uma inteligência artificial para montar uma rede de distribuição de medicamentos pelo mundo. “Um dos grandes problemas que encontramos é que muitas pessoas morrem na África por causa da falta de medicamentos. Tanto pela compra, como pelos custos de exportação ou a não entrega. Independentemente de ter poder de compra, às vezes, as pessoas não tinham acesso ao medicamento”.

Taís explica que há diversas empresas que realizam serviços de logística, distribuição e armazenamento de medicamentos em todo o mundo. Para não ser um mercado competitivo muito grande, o grupo propôs criar uma base de dados, informando para as empresas que fazem distribuição, onde há medicamentos disponíveis para a coleta. “A ideia era criar uma base para que as pessoas pudessem informar que possuem um medicamento para distribuição para entregar. Deixar em um lugar ou instituição onde ele pode ser recolhido e entregue o mais rápido possível.”

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2º LUGAR

Desafio: Saúde e bem-estar (3)

Time 5: Gabriela Fernández Rodríguez (USACH), Fernanda Muñoz Salgado (USACH), Bill Tate (Minnesota), Tripathi Avni (Minnesota), Bruno Fogaça Lima (Unisinos), Matheus Stein Schmidel (Unisinos) e Stela Nunes Paiva (PUCRS).

Solução: Ao invés de propor um aplicativo digital, o Time 5 buscou pensar a tecnologia na aplicação do produto. E não, como o produto em si. Após muito diálogo entre o grupo, o Menstrando em Administração na Unisinos, Matheus Stein Schmidel, conta que o time propôs uma solução relacionada com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Queríamos ser criativos e pensar fora da caixa, buscando uma solução diferente, com aderência ao que está acontecendo no mundo, pois muitas pessoas se afetaram psicologicamente na pandemia”.

A proposta do grupo foi desenvolver um livro que possa ser vendido impresso ou, de forma digital, onde a pessoa usuária realizasse a impressão em casa. “É uma ferramenta para auxiliar nesse momento que estamos vivendo”.

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3º LUGAR

Desafio: Ação contra a mudança global do clima (13)

Time 13: Tim Dittrich (Hoschschule Bremen), Sebastian Ducksch (Hoschschule Bremen), Josefina Carrasco Vargas (USACH), Oluwatobi Denton (Coventry), Rodrigo Brum Westphalen (Unisinos), Erich Dreyer (Unisinos) e Jordana Machado Guimarães Mangeon (PUCRS)

Conheça a solução: O Time 13 buscou formular uma solução inovadora relacionada com o tema de mudanças climáticas. O estudante de jornalismo da Unisinos, Rodrigo Brum Westphalen destaca que a equipe trabalhou a partir de um aplicativo que conecta consumidores conscientes com pequenos produtores e agricultores locais. “Pode parecer estranho, mas 24% de todas as emissões de gás carbônico vêm de nosso uso da terra. Tem conversão de terra, desmatamento, queimadas, que são mais evidentes. Mas, também a nossa relação com a comida e a agricultura”.

Neste sentido, Westphalen destaca que o maior potencial de redução é atuar sobre o lixo orgânico, evitando o desperdício de comida e atuando para que o lixo não vá para os para os aterros, que emitem grande quantidade de metano. Outra forma de atacar o problema é que as pessoas adotem uma dieta das mais ricas em plantas. “Tendo esse problema em mente, o nosso aplicativo é um marketplace geolocalizado, que tem como base a educação, a conexão e a familiaridade. Propomos um espaço para que os agricultores tivessem perfis e pudessem contar a sua história. E, para aqueles agricultores que atuam com produtos orgânicos, estaríamos incentivando a produção local”, destaca.

A solução proposta pelo Time 13 é um app sem fins lucrativos, que busca trazer informação e educar sobre o consumo de alimentos e dicas de sustentabilidade. Lá a pessoa usuária pode encontrar quem são os produtores, ter imagens, contato com a filosofia de produção, receber dicas de conservação de produtos, dentre outros.

Westphalen ressalta que o dinheiro arrecadado seria revertido para melhorar os processos de sustentabilidade dos produtores locais. “Constrói uma rede que atua na educação das pessoas que estão envolvidas. É um app de educação, sobre questões de educação, para reduzir o impacto da alimentação no clima”.

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SOBRE O DESAFIO

O Desafio Moving the Cities é uma iniciativa idealizada pela Unisinos em parceria com o UAS7 e a FH-Münster para promover o desenvolvimento de soluções através da cooperação internacional e intercultural entre ciência, empreendedorismo, inovação, tecnologia e sociedade. Essa ação está em pleno acordo com o contexto da Aliança para Inovação, uma articulação entre UFRGS, PUCRS e Unisinos para potencializar iniciativas de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento. Conta como parceiros as instituições Coventry University, DWIH, Escola de Engenharia – UFRGS, Escola Politécnica – UNISINOS, FIEGE, Fraport, INACAP, Northeastern University, Osnabrück Internatinal Airport, PUCRS, Tecnopuc, Universidad de Santiago de Chile – USACH, Universidade Pontifícia Bolivariana, University of Minnesota e University of Pittsburgh.

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