Estudante da Escola Politécnica participa de curso no maior acelerador de partículas do hemisfério sul

Crédito: arquivo pessoal

Localizado na cidade de Campinas, em São Paulo, o Sirius é o maior acelerador de partículas do hemisfério sul do planeta, sendo uma complexa estrutura à disposição da comunidade científica brasileira e internacional. O local conta com equipamentos de última geração, entre eles alguns que podem chegar em razão elementar, sendo possível o estudo de elementos, isótopos e até mesmo moléculas.  A aluna da Escola Politécnica, Victória Herder Sander, ficou sabendo do acelerador e teve a ideia de trabalhar com um projeto lá, porém por ainda estar na graduação não poderia participar.

Victória, entretanto, teve a atenção chamada pela Escola Ricardo Rodrigues de Luz Síncrotron, localizada junto ao acelerador de partículas. A escola busca formar e treinar novos usuários na utilização das técnicas de luz síncrotron, então realizar um curso no local caiu como uma luva para o que a estudante buscava: “Como a gente não sabia exatamente qual feixe de luz utilizar no meu estudo, surgiu a oportunidade de me candidatar para essa escola. Então eu entrei no site, vi as informações e preenchi todo o formulário que eles me pediram”, comenta.

A estudante cursa Geologia na Unisinos e trabalha hoje no itt Oceaneon com a triagem de microfósseis calcários, como algas. Victória comenta que realizar o curso no Sirius pode ajudar principalmente no trabalho que ela realiza no itt: “Eu acho que podem abrir novas fronteiras. Acho que é possível trazer novas questões, novas perspectivas para os estudos que a gente já vem implementando”, explica a aluna.

Crédito: arquivo pessoal

No caso de Victória, as aulas vão permitir que ela entenda o funcionamento de alguns aparelhos, entre eles alguns que emitem diferentes feixes de luz, que podem ser utilizados durante a pesquisa com os microfósseis. A ideia da estudante é aprender mais sobre a possibilidade de utilização desses aparelhos e saber como é possível aplicá-los na sua área: “Eu acho que um único tipo de feixe não resolveria todos os problemas, mas auxiliaria não só a mim como a outras pessoas. Então o que eu puder compartilhar com meus colegas e dizer ‘olha, por que tu não tenta naquele outro tipo de feixe, quem sabe pode ser interessante’. Tudo isso é ampliar não só a minha visão, mas a dos meus colegas também”, complementou Victória.

Victória ainda comenta sobre como trabalhar no itt Oceaneon foi importante para sua carreira acadêmica: “Eu acredito que, em especial o itt, me abriu muitas oportunidades. De poder trabalhar com os pesquisadores, deles estarem disponíveis para responder perguntas e ter o tempo de me ensinar a usar o material e os equipamentos. Eu sinto que estou mais preparada para o mercado de trabalho”, comentou a estudante.

O nosso website usa cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização.

Aceitar