Entre páginas de livros e tomadas de filmes

Unisinos e Zero Hora realizam primeiro PrOA em Prosa

Crédito: Rafael Casagrande

Cinema e literatura. O que duas artes tão particulares têm em comum? Com o propósito de pôr esse tema em pauta, o jornal Zero Hora, em parceria com a Unisinos, promoveu a primeira edição do PrOA em Prosa nesta quinta-feira, 13 de novembro, no campus da universidade em Porto Alegre. O momento contou com a exibição de dois filmes, debate e lançamento de livros.

Premiado no Festival de Cinema de Gramado e pelo Festival Internacional de Curtas de São Paulo, o documentário Se essa lua fosse minha traça um paralelo com participantes de um programa espacial, que ficaram conhecidos como afronautas, na Zâmbia de 1964, com moradores da rua Garibaldi, de Porto Alegre.

“A ideia era tirar as pessoas do contexto em que viviam, uma espécie de aquário urbano, para tentar criar uma identidade com os afronautas”, comenta a aluna de Realização Audiovisual Larissa Lewandoski, que assina a direção do curta. O filme tem ainda a participação de Jonas Costa (produção, som e música), Pedro Gossler (roteiro e direção de foto), Clarissa Virmond (direção de arte) e Francisco Sieczkowski (montagem e música).

Já o longa-metragem Sobre sete ondas verdes espumantes, dirigido por Cacá Nazário e pelo professor da Unisinos Bruno Polidoro, usa fragmentos de obras e depoimentos de amigos para construir uma rota por locais que fizeram parte da vida do poeta e dramaturgo brasileiro Caio Fernando Abreu (1948-1996). De acordo com Bruno, o filme nasceu de seu trabalho de conclusão de curso, em que teve a tarefa de adaptar um conto.

Para a jornalista Cláudia Laitano, mediadora do debate que deu sequência aos filmes, o PrOA em Prosa permitiu a troca de impressões de duas experiências (cinema e literatura) que, em geral, são práticas individuais. “Aqui, estamos no coletivo, e isso enriquece muito o diálogo cultural”, comentou.

O escritor Nei Duclós, que, na ocasião, lançou o livro Todo filme é sobre cinema, cresceu em frente às telas. Jornalista e crítico da sétima arte, Nei vivenciou a transição para a era digital, o que fez toda a diferença em seu trabalho. “O download criou um novo mercado. Hoje, todos têm acesso aos produtos audiovisuais.”

Em sua obra mais recente, ele analisa obras de cineastas renomados sob a perspectiva do “o que estão passando na tela; o que você vê”, conforme explicou no evento.

Crédito: Rafael Casagrande

Já Ramiro Bicca Junior, autor do livro São Coisas Nossas – Tradição e Modernidade em Noel Rosa, escolheu o compositor como tema de sua obra em função de Noel ser “um homem-fronteira, que se diferencia pela integração com a comunidade”. Segundo Ramiro, Noel marca a transição do antigo para o moderno, buscando uma identidade brasileira e transformando a MPB no que ela é hoje.

Ao final da discussão, foi realizada uma sessão de autógrafos dos livros da Editora Unisinos e de outras publicações de pesquisadores da universidade do ano de 2014.

Continue lendo sobre o curta Se essa lua fosse minha aqui no Notícias Unisinos.

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