Aula Inaugural debate a relação entre universidade e empresas

Evento aconteceu na tarde de sexta-feira, 2/9, no Auditório da Unitec

Crédito: Rodrigo W. Blum

A Aula Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS/Unisinos) trouxe para o centro das discussões a importância da interação entre Universidade e empresas. O evento aconteceu na tarde de sexta-feira, 2/9, no Auditório da Unitec, e contou com a participação de estudantes, professores, egressos do curso e interessados no tema.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A programação iniciou com um momento de boas-vindas conduzido pelo coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, Daniel Lacerda. O pesquisador abriu o evento apresentando o programa PPGEPS/Unisinos que está completando 15 anos. “Temos 41 premiações e mais de 250 defesas. Este é um programa que vem recebendo o reconhecimento dos pares da academia e também tem uma boa inserção no mercado nacional, internacional e nas empresas”, pontuou. Além disso, reforçou que “esse é um momento muito importante de recepção dos novos mestrandos e doutorandos. Além disso, temos o privilégio de receber profissionais da SAUR, Bruning, Tromink, Fockink, Kepler-Weber e Cotripal. Juntos estamos qualificando e potencializando a força de trabalho da região de Panambi”.

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A segunda fala foi da diretora da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação, Maura Lopes. “É um prazer estar aqui com vocês. Essa parceria entre sociedade, empresa e universidade, que o PPGEPS/Unisinos promove, é essencial para qualificar os movimentos da universidade e das empresas. Essa parceria é super importante, parabéns ao programa”, destacou.

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O decano da Escola Politécnica, Sandro Rigo, também fez parte do momento de boas-vindas do evento. O pesquisador enfatizou a relevância do trabalho realizado pelo PPGEPS/Unisinos. “É excelente o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo programa, e reforça a missão da Unisinos de entregar excelência acadêmica. Essa interação com o mercado é extremamente importante, pois dá continuidade à parceria entre o mercado e a academia”, afirmou.

Conhecendo um pouco mais sobre o Tecnosinos e a Unitec

O diretor da Unidade de Inovação e Tecnologia (Unitec) e gestor executivo do Tecnosinos, Silvio Bitencourt, fez uma apresentação do Ecossistema de Inovação Unisinos. O pesquisador falou um pouco da parceria com as empresas, por
meio da Unitec e do Tecnosinos, e de toda a estrutura da Universidade que forma o Ecossistema de Inovação. “Temos cinco Institutos Tecnológicos e 47 laboratórios”, destacou.

Bitencourt falou um pouco de cada um dos itts: Fuse, Oceaneon, Nutrifor, Performance e Chip. “Fizemos diversos tipos de ensaios em nossos Institutos Tecnológicos como, por exemplo, os testes com fogo que realizamos em portas, sendo que em algumas das verificações que praticamos, nós somos os únicos na América Latina”, contou.

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O diretor ainda destacou que o Tecnosinos promove empregabilidade e progresso na cidade de São Leopoldo e nos municípios vizinhos. “Nós geramos bons e qualificados empregos. As empresas instaladas aqui no Parque, pagam impostos e contribuem para o desenvolvimento da região. A Universidade tem suporte de talentos e tem alto valor agregado”, afirmou.

O professor encerrou sua fala mencionando a importância da Unitec para os jovens empreendedores e falando de parceria com outras cidades. “Com a Unitec, nós impulsionamos o empreendedorismo inovador, com as nossas startups. Estamos fazendo parcerias com vários municípios, como Canela, Erechim e Panambi, para promover inovação através das startups. Também funcionamos como um hub de conhecimento, como o trabalho que temos feito com o Hospital Santa Casa e com a Federasul”, finalizou.

A experiência da Interação Universidade-Empresa: O caso NIC/UFSM

O professor Júlio Siluk, da Universidade Federal de Santa Maria, apresentou o caso do Núcleo de Inovação e Competitividade, desde sua criação até os dias atuais. “O programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFSM existe desde 1974, muitas vezes olhei o programa da Unisinos como referência. O processo de construção do curso foi baseado em reflexões de outros PPGs, que eram positivas. Dentro dessa ótica, o programa começou a ascender e, em 2019, abriu o doutorado e, esse ano, formamos nossos dois primeiros doutores”, lembrou.

A criação do Núcleo de Inovação e Competitividade – NIC aconteceu em 2009. “Na criação do NIC, a gente seguiu a mesma lógica que a gente usava no mercado, a lógica de captar recursos. Nosso grupo de pesquisa se construiu com uma estrutura organizacional. Hoje, uma parte que a gente trabalha em nossos projetos são projetos de inovação, uma forma de devolver para a sociedade o investimento que recebemos”, enfatizou.

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Siluk apresentou algumas empresas parceiras do NIC, como Eletrocar, CEEE e Rota2030. Contou que, atualmente, o grupo tem uma equipe bem robusta, da qual participam seis docentes, todos com alta produção acadêmica voltada para o mercado. “A gente acabou profissionalizando a pesquisa, com gestão de marketing, patrimônio e pessoas, investindo em envolvimento e comprometimento”, afirmou.

O pesquisador destacou que os resultados colhidos pelo NIC são frutos de um trabalho realizado com método. “Nossos resultados só atingiram esses altos níveis de produtividade, por causa da divulgação das pesquisas. A gente não faz artigos, a gente comunica etapas da pesquisa e trabalha de forma acadêmica, mas sempre se dirigindo ao mercado”, finalizou.

Histórias de sucesso que unem empresas e universidade

Bruning: uma empresa que investe em educação
O CEO da Bruning, Angelin Adams, iniciou sua fala apresentando um vídeo que trouxe um pouco da trajetória da Bruning nesses 75 anos de história. “Desde 1947, criação da empresa, fomos crescendo e, hoje, temos mais de 3 mil colaboradores. Vendemos nossos produtos para as montadoras com alto nível de exigência, como Volvo e
Scania”, afirmou.

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“Como fazemos isso?” Questionou. “Investindo em educação.” Respondeu. Adams falou do investimento em cursos técnicos, com o Senai, na década de 80, e com o curso de graduação em Engenharia Mecânica, na década de 90. “A empresa investe em pessoas e investir em pessoas é investir em educação. Hoje, nós ajudamos nossos colaboradores a realizar cursos técnicos, de graduação, mestrado e doutorado. Dados de 2022 mostram que temos mais de 30 mestres e doutores dentro da empresa e 27% dos funcionários têm nível superior. Queremos seguir levando educação para a
Bruning, por isso estamos fortalecendo nossa parceria com a Unisinos”, encerrou.

Bibi Calçados: uma empresa pioneira
O diretor de negócios da Bibi Calçados e professor da FACCAT, Rosnaldo da Silva, iniciou sua apresentação com um vídeo de desenho animado exibindo o propósito da Bibi enquanto empresa. “A Bibi foi criada em 1949 e, hoje, temos nossos produtos em países importantes, como Japão, China e todos os países da América Latina. Estamos
com nossos produtos em cinco continentes”, destacou.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Ao falar da trajetória da empresa, Silva enfatizou o caráter pioneiro. “A Bibi é uma empresa pioneira e foi a primeira empresa brasileira a criar um produto direcionado ao público infantil. Hoje, estamos entre as 15 empresas mais inovadoras do Sul do país, com mais de 1.300 colaboradores,” ressaltou. A Bibi tem selo diamante de origem
sustentável e só na parte de varejo a empresa conta com 153 lojas. O diretor de negócios da Bibi Calçados é egresso do PPGEPS/Unisinos e afirmou que o mestrado possibilitou que ele entendesse melhor a empresa e fosse capaz de
desenvolver um sistema de produção mais competitivo e produtivo. “Eu não teria ampliado a minha visão se eu não tivesse tido a oportunidade de debater essas questões no aqui no mestrado”, finalizou

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