Alimentação e saúde durante o inverno

O (auto)cuidado com a saúde e o corpo também passa pela alimentação

Crédito: GettyImages

A chegada do frio mais intenso junto às novas rotinas adquiridas na pandemia de Covid-19 fez uma boa parcela da população mudar os hábitos alimentares. Se de um lado, algumas pessoas passaram a preparar os próprios alimentos, porque tiveram a oportunidade de trabalhar em casa, por outro, hábitos alimentares não tão saudáveis passaram a ser mais comuns, recorrendo a fast foods, pizzas, entre outros lanches.

Profissionais e estudantes que puderam passar a trabalhar e estudar de forma remota, devido à pandemia, além de ficarem a maior parte do tempo em casa, diminuíram a frequência ou pararam de praticar atividade física. Todas essas mudanças no comportamento influenciam também na forma de se alimentar.

A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Unisinos, Ana Beatriz Cauduro Harb, explica que outros fatores também influenciam nas mudanças de hábitos alimentares, além da rotina do trabalho remoto. Ela diz que a chegada do frio mais intenso faz com que as pessoas busquem por alimentos mais calóricos, ou seja, que geram mais fontes de calor. Por isso, aquela vontade de comer alimentos com carboidratos, aumenta nesta época.

Entre as principais dicas da nutricionista para manter uma boa alimentação no inverno estão: tentar se alimentar pelo menos quatro vezes ao dia (café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta), evitar ficar longos períodos sem se alimentar, manter a salada no almoço ou fazer vegetais refogados ou no forno, priorizar cozinhar a própria comida, fazer lanche da tarde e jantar cedo.

Importância das refeições

Ana Beatriz Harb ressalta que, para manter uma boa imunidade no inverno, a fórmula é antiga e conhecida: carboidrato + proteína (animal ou vegetal), o famoso feijão, arroz e carne (ou proteína vegetal).

Quanto ao aumento da vontade de comer alimentos mais calóricos e os hábitos de consumir fast foods, a nutricionista alerta para o cuidado devido à qualidade nutricional, pois muitos alimentos ultraprocessados são ricos em gorduras e pobres em nutrientes.

Para o almoço, a sugestão é manter a salada ou preparar os vegetais refogados ou no forno.

Já para o lanche da tarde, o chá é um ótimo termogênico e ajuda a tirar um pouco do apetite (que muitas vezes é somente ansiedade). Quem prefere leite, a dica é escolher leite desnatado e adicionar cacau em pó com açúcar mascavo ou demerara. A bebida pode ser acompanhada por um lanchinho como a panqueca feita com uma banana amassada, um ovo, aveia em flocos e canela ou cacau em pó, que depois é levado ao microondas (por dois minutos e meio) ou frigideira. Outra ideia de lanche da tarde é um mingau com leite vegetal.

Para a janta, a nutricionista sugere uma sopa de vegetais e alguma proteína, pode ser feijão, carne, frango ou ovo. Ela diz que a sopa pode ficar consistente sem contar com carboidrato na receita, como arroz ou massa, por exemplo. Quanto às frutas, que às vezes são esquecidas no inverno, podem ser consumidas quentes. A maçã, a pera ou a banana, por exemplo, podem ser cortadas e depois assadas no forno ou no microondas com pitadas de canela.

E os doces? A sugestão é comprar porções pequenas de doces. Por exemplo: em vez de comprar uma barra de chocolate de 90 ou 100 gramas, preferir as barrinhas de 20 gramas.

Quanto ao mel, que muitas vezes acaba sendo “o substituto do açúcar”, a Ana Beatriz explica que é preciso ter cuidado porque o mel é rico em frutose, que seria um açúcar natural das frutas. Portanto, deve-se usar com moderação, porque o mel pode acabar sendo tão doce quanto o açúcar.

E os alimentos industrializados? A dica valiosa é sempre ler as embalagens, e verificar a quantidade de açúcar e de gordura incluídas nos produtos, assim como o sódio, por exemplo.

Buscar ingerir alimentos com fibras também é muito importante porque elas ajudam na saúde dos intestinos.

E para os viciados em café e chimarrão, ela indica que sejam intercalados com chá ou água. De preferência, o café ou o chimarrão devem ser ingeridos mais cedo, até um certo horário da tarde, pois podem interferir no sono e causar insônia.

Quando perguntada sobre as famosas dietas, Ana ressalta que quanto mais distante dos hábitos alimentares que a pessoa tinha, mais difícil é de manter uma dieta.

Diversas questões são levadas em conta no que se refere à reeducação alimentar, porque cada organismo e metabolismo funciona de um jeito, assim como a história e os hábitos de cada indivíduo.

A alimentação faz parte da rotina e das necessidades de cada pessoa. Respeitar o próprio corpo e entender do que ele necessita também é uma forma de autocuidado.

Campanha UniSolidária

Pensando na alimentação de famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, a Unisinos está com a campanha UniSolidária. A meta é arrecadar recursos para a compra de 2.000 cestas de alimentos nos quatro meses de campanha. Sabia como participar e ajudar a manter vivo o espírito da solidariedade, clique aqui.

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