A saúde como foco de estudo

Projeto de Atenção Ampliada à Saúde

Crédito: Rodrigo W. Blum

A sigla PAAS, enquanto Serviço-Escola Interdisciplinar comemora 18 anos, em 2014, mas, desde 1996, o projeto atua trabalhando na área da saúde. Em média, 50 estudantes dos cursos de Psicologia, Nutrição e Enfermagem, semestralmente, desenvolvem atividades acadêmicas junto ao PAAS.  “O PAAS é um projeto de formação”, reforça a coordenadora, Rosana Castro.

O objetivo principal dessa iniciativa é promover práticas ampliadas em saúde no que se refere à população vulnerável e de risco social de São Leopoldo. As frentes de trabalho do projeto se dividem em cinco núcleos centrais: Núcleo de Práticas Institucionais; Núcleo de Acolhimento Permanente; Núcleo de Práticas Grupais; Núcleo Individual; e Núcleo de Práticas Jurídicas. “Esses núcleos são espaços de práticas e formação enquanto estudo, distribuídos de forma interdisciplinar para dar atendimento a todas as demandas que nos chegam”, explica Rosana.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A voz de quem participa

No Núcleo de Práticas Grupais, um dos grupos que são mensalmente atendidos são os diabéticos. A cada encontro, cerca de 30 pessoas participam das atividades. As oficinas incluem vacinação, verificação da pressão arterial, teste de glicemia capilar, explicações sobre light, diet e zero, atividades de alongamento e lanche, sempre algo adequado para ao grupo, como pastel de forno, bolo integral e frutas. Aos conversarmos com alguns participantes do grupo de diabético, podemos perceber na fala dessas pessoas, como estarem inseridas no projeto mudou a forma de encarar a vida.

”Participar do PAAS mudou a minha vida porque eu comia errado, carne gorda, fritura, muita doçura. Aqui eu aprendi a comer certo, como menos doce e mais salada e sempre venho na nutricionista. Hoje minha glicose passou de 190 para 118.”

Miguel Fazenda, 71 anos, há 9 anos no grupo

”Participar do PAAS me deixou mais caprichoso em todos os sentidos. Com a alimentação, com o corpo e com a bebida. Eu era alcóolatra, hoje ainda sou, mas sou um alcóolatra reduzido, só tomo minha cervejinha aos domingos. Quando cheguei aqui minha glicose era 300, hoje não passa de 160. Minha pressão também estava alterada e hoje eu tenho uma pressão de guri.”

Gregório Gonçalves Alves, 67 anos, há 8 no grupo

”Aqui a gente fala muito sobre alimentação. Os profissionais que atendem o grupo nos dão dicas do que pode e o que não pode comer e explicam sobre as calorias dos alimentos. Eu aprendi muito aqui.”

Eva Ramos, 59 anos, há 3 anos no grupo

”Fui trazida por uma colega do Pró-maior para o PAAS e não sai mais. Acho muito importante participar dessas oficinas. A gente sempre aprende alguma coisa aqui sobre saúde e alimentação.”

Helena Wendling, 65 anos, há 4 anos no grupo

”Eu entrei com muita depressão e fui melhorando com a convivência. Aqui com o grupo dos diabéticos, eu vi que eu não sou uma coitada, que várias pessoas têm esse problema, que isso faz parte, e é só cuidar que se pode levar uma vida normal. Eu acho que a gente toma mais consciência, se encontra, conversa, divide experiências… para mim foi muito bom. É um aprendizado de todas as formas, para ti, para tua cozinha, para os teus relacionamentos com os filhos e o marido.”

Lúcia Maria Berghahn, 60 anos, há 3 anos no grupo

”Eu tenho diabetes há 15 ou 20 anos, mas participando do grupo tá tudo bem controlado. Eu controlo bem direitinho minha comida, minha filha é muito controlada. Só quando eu fico nervosa, que às vezes a diabete sobe, mas logo volta ao normal.”

Ana Fraga Serafin, 89 anos, há 1 ano no grupo

”Aqui eu encontro uma ajuda boa, na saúde, na psicologia e na nutrição. Eu sempre ganho estrela verde, mas hoje eu ganhei essa estrela vermelha porque eu comi errado. Comi batata frita e polenta frita aí subiu minha diabete. Mas agora eu vou me cuidar.”

Geraldo Luiz Lucas, 58 anos, há 6 anos no grupo

”Participar do grupo melhorou muita coisa. Porque a gente aprende muito com o grupo sobre a diabete e sobre o que tem que fazer, tipo de alimentação, medicamentos, controle da glicose. Para nós diabéticos é uma maravilha.”

Florinaldo da Rosa, 79 anos, há 10 anos no grupo

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