Uma tarde no Parque

Curso de Fisioterapia desenvolve atividades para promover a inclusão de crianças com paralisia cerebral

Crédito: Rodrigo W. Blum

Em outubro, acontece o Dia Mundial da Paralisia Cerebral e, em celebração a essa data, o curso de Fisioterapia da Unisinos criou o evento “Uma tarde no Parque”. As atividades foram realizadas nessa quinta-feira, 3/10, na Galeria Cultural da Biblioteca, Campus São Leopoldo. Durante a tarde, as crianças puderam participar de brincadeiras como corrida, círculo de leitura, jogos de bola, pinturas, cama elástica e tobogã.

Segundo a coordenadora do evento, Alessandra Bombarda, a paralisia cerebral afeta cerca de duas em cada 1.000 crianças em todo o mundo e é a causa mais comum de deficiência física grave na infância. “Essa tarde de brincadeiras foi idealizada para promover uma maior conscientização sobre a necessidade de proporcionarmos espaços de desenvolvimento mais adequados às crianças com paralisia cerebral, e também dar visibilidade a essas crianças, incentivando sua inclusão e participação nas brincadeiras”, destacou a professora.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A ideia de trazer essa atividade para Unisinos surgiu quando a professora viu um menino de cadeira de rodas, num parque de Porto Alegre, com dificuldades de ir no balanço que estava estragado. “Se não temos infraestrutura fica difícil mesmo para a gente incluir as crianças com dificuldades físicas ou alguma limitação. A gente trabalha com pessoas com paralisia cerebral desde o início da faculdade, mas aquele dia, ver que ele não estava conseguindo brincar me tocou muito”, afirmou. Essa experiência, aliada às ações do Dia Mundial da Paralisia Cerebral, que vai ser comemorado no próximo domingo, 6/10, trouxeram essa iniciativa para Universidade, com o objetivo de incluir crianças com limitações físicas nos parques e nas brincadeiras.

Crédito: Rodrigo W. Blum

O evento é uma atividade extraclasse que contou com a participação voluntária de 38 alunos de diferentes disciplinas do curso de Fisioterapia. O grupo ficou responsável pela organização das brincadeiras, dos materiais e dos espaços. Todas as ações tiveram a supervisão direta dos estudantes como monitores das atividades. “É muito legal ver os alunos se comprometendo e conduzindo as atividades. Essa é a primeira edição do evento, tomara que continue o ano que vem”, reforçou Alessandra.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A professora explicou como a fisioterapia auxilia no tratamento de crianças com paralisia cerebral para que elas se desenvolvam da maneira mais adequada possível. “Os recursos que utilizamos no tratamento fisioterapêutico buscam promover a funcionalidade da criança, seja estimulando a capacidade do bebê de sentar, ficar de pé ou caminhar”. Para Alessandra, a fisioterapia é responsável por ajudar as crianças a se inserem em brincadeiras e esportes, e auxiliar no desenvolvimento de atividades diárias de higiene, alimentação e escolares.

Crédito: Rodrigo W. Blum

O evento contou com a participação de aproximadamente 70 crianças, dessas, em torno de 10, têm paralisia cerebral. Aline Pilger é mãe do menino Pedro, uma das crianças que participou da tarde de brincadeiras. Para ela, é muito importante ele conviver com outras crianças. “Ele fica muito feliz. No início ficava tímido, agora ele fala de igual para igual com as outras crianças”, contou.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Maira Borgmann, está no primeiro semestre do curso de Fisioterapia. Para ela, essa atividade possibilita que os estudantes desenvolvam a parte humana da profissão, se colocando no lugar do outro. “Não existem diferenças quando a gente faz com amor. Esse evento é muito importante para o desenvolvimento pessoal dos futuros profissionais e para inclusão de todas as crianças”, afirmou.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Aluna do último semestre do curso de Fisioterapia, Paula Lawisch destacou a importância de atividades lúdicas com crianças com paralisia cerebral. “É muito legal essa oportunidade de ter contato com essas crianças num lugar que não é a clínica, de forma mais lúdica. Aqui eles veem que são capazes de fazer tudo com o apoio da fisioterapia e o apoio motivacional”, finalizou.

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