Entre os dias 29 de setembro e 21 de outubro, a Unisinos será palco da exposição “Da Floresta ao Deserto de Gelo: Pesquisas Geológicas na Antártica”. Instalada na Claraboia da Biblioteca do campus de São Leopoldo, a mostra é gratuita e aberta a todos os públicos.
A exposição convida os visitantes a embarcar em uma verdadeira viagem no tempo, revelando a surpreendente transformação da Antártica ao longo de 140 milhões de anos. Hoje conhecida como um imenso deserto gelado, a Antártica já foi coberta por densas florestas e abrigou uma biodiversidade rica e diversa.
Por meio de fósseis, rochas, fotografias, vídeos e simulações interativas, a mostra apresenta descobertas geológicas e paleontológicas realizadas por pesquisadores brasileiros no continente antártico. O objetivo é conectar passado, presente e futuro, despertando reflexões sobre as mudanças climáticas e a história do nosso planeta.
Entre os destaques da exposição estão simulações de acampamentos científicos, incluindo uma moto de neve utilizada em expedições, além de um documentário e recursos interativos que aproximam o público da realidade das pesquisas realizadas em um dos ambientes mais extremos do planeta.
“Os visitantes terão a oportunidade de conhecer como funcionam as expedições científicas na Antártica, desde a coleta de amostras de rochas até escavações de fósseis. Queremos mostrar que a Antártica não é apenas gelo, mas um continente cheio de vida e de histórias que ajudam a entender as mudanças climáticas que vivemos hoje”, destaca Rodrigo Scalise, curador do Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul.
A exposição integra as ações do Projeto Paleoclima (CNPq/Unisinos), que investiga as transformações climáticas ocorridas ao longo dos últimos 140 milhões de anos. Segundo o professor, compreender essas mudanças passadas é fundamental para lidar com os desafios atuais relacionados ao aquecimento global e à preservação do planeta.
“Aprender com o passado é uma das melhores maneiras de gerenciar o presente e projetar um futuro mais sustentável. A Antártica guarda registros essenciais que nos ajudam a entender como as mudanças climáticas afetam a Terra”, reforça Rodrigo.
No dia 29 de setembro, às 15h, haverá uma palestra de abertura com a doutoranda Bruna Schneider, que compartilhará experiências e bastidores das pesquisas realizadas na Antártica. O encontro será na Claraboia da Biblioteca e é aberta ao público em geral.