Uma viagem no tempo

Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul, localizado na Unisinos, tem o mais completo acervo do Brasil em fósseis de plantas da Antártica

A Unisinos abriga, no campus São Leopoldo, o Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul (MHGEO). O espaço, vinculado ao Laboratório de História da Vida e da Terra, é aberto à comunidade em geral e recebe visitas de estudantes desde 2004.

Ligado aos cursos de Geologia, Biologia e Engenharia, o museu proporciona uma viagem no tempo geológico desde a formação do universo e o surgimento da Terra.

O local foi criado com o objetivo de apresentar a evolução do território que hoje corresponde ao Rio Grande do Sul, desde sua origem. Além disso, museu tem a função de difundir o conhecimento de Geociências e conscientizar as pessoas da importância do material fossilífero como patrimônio histórico da humanidade.

A equipe de colaboradores do museu conta com 14 integrantes, que trabalham sob a coordenação da professora Tânia Dutra, que nos explica como surgiu a ideia de reunir esse acervo e criar esse espaço. “O acervo iniciou graças a necessidade de termos junto às atividades acadêmicas e didáticas do curso de Geologia uma coleção de fósseis, depois ampliada como resultado das pesquisas feitas após a criação do Programa de Pós-Graduação”

Segundo a professora, esta coleção deveria, por princípio, conter as principais ocorrências fósseis do Rio Grande do Sul e do Brasil. “Graças as pesquisas junto ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e aos convênios feitos com universidades estrangeiras, a coleção passou a conter também o mais completo acervo do Brasil em fósseis de plantas da Antártica”, destaca.  As exposições temáticas com réplicas de afloramentos e fósseis de plantas e animais ocorrem uma vez ao ano com amostras provenientes da Antártica, Argentina, Chile e Estados Unidos.

“Para as aulas de paleontologia é fundamental que o aluno tenha o contato com os diferentes tipos de fósseis e com materiais de intervalos de tempo variados e que contem a história evolutiva da vida. Como é atividade normal do curso de Geologia as saídas de campo, para propiciar este contato ao aluno, a coleção se enriqueceu muito em fósseis do sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), hoje chegando a aproximadamente 15 mil amostras. Esta coleção foi a razão para que concebêssemos a ideia de poder expô-las a um público mais amplo, através do museu”, ressalta Tânia.

A coordenadora do MHGEO fala da importância de ter esse espaço na Unisinos e compartilhar com a comunidade. “Ter uma coleção tão expressiva no acervo da universidade, e não expô-la ao público em geral e acadêmico seria lamentável, pela oportunidade de aprendizagem e de convívio com a ciência que um Museu oferece”. Para a professora a aprendizagem que um museu oferece concretiza com a existência vivenciada dentro museu.

Visitação

Ficou curioso para conhecer o Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul? Então agende sua visita. O espaço está aberto para visitação e agendamento de grupos das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, de segunda a sexta-feira. O museu fica aberto para a comunidade em geral, como foco especial em estudantes de escolas de Ensino Fundamental e Médio, público acadêmico da Unisinos e de outras instituições de ensino superior e pesquisadores. A entrada é gratuita.

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