Sonho profissional realizado: egresso da Unisinos toma posse como juiz no Rio de Janeiro

Graduado em Direito, Davi Kassick Ferreira conta sobre essa sua conquista e os próximos objetivos

Crédito: Matheus Salomão/AMAERJ

O egresso do curso de Direito, Davi Kassick Ferreira, foi empossado juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), em cerimônia realizada na quinta-feira, 19/05, no plenário do Tribunal Pleno. Davi é um dos 49 juízes substitutos que foram aprovados no 48º Concurso para Ingresso na Magistratura de Carreira.

Durante a cerimônia, o egresso da Unisinos assinou o termo de posse na presença do desembargador Henrique Figueira, presidente do TJRJ e recebeu da juíza Eunice Haddad, presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), o pin da associação. Durante os próximos quatro meses, Davi participa do Curso de Formação de Magistrados da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). Abaixo, Davi conta um pouco mais sobre esse processo, os objetivos e como a Unisinos é importante em sua trajetória.

Crédito: Matheus Salomão/AMAERJ

Confira a entrevista:

Como surgiu essa oportunidade?

Eu vinha me preparando para a magistratura há algum tempo. O edital de abertura do concurso para ingresso na magistratura de carreira do TJRJ foi lançado em 2019 e decidi me inscrever, tanto pela carreira como pelo apreço ao Estado do Rio de Janeiro. A pandemia atrasou um pouco o andamento do concurso. A prova discursiva, que estava marcada para março de 2020, acabou acontecendo somente em julho de 2021, as provas de sentença cível e penal, em novembro de 2021 e a prova oral, em abril de 2022. Vencidas todas essas etapas, tomei posse em 19/05 deste ano, dia que ficará marcado para sempre na minha memória como um dos mais felizes da minha vida.

Qual foi o seu sentimento em relação à posse?

Foram muitos sentimentos em relação à posse. Em primeiro lugar, uma felicidade imensa por estar realizando um sonho profissional, que era o de ingressar na magistratura, depois de muita dedicação, muitas renúncias e muito estudo. O período de preparação para o concurso é muito desgastante e solitário. Abrimos mão da convivência diária mais próxima com família e amigos e nos submetemos a uma jornada dupla de estudos e trabalho com um cronograma bastante rigoroso para vencer todas as matérias previstas no edital. Alcançar a aprovação é o coroamento de todo o esforço e por isso extremamente gratificante. Em segundo, uma expectativa muito grande de começar a exercer a função para a qual nos preparamos tanto e com a qual há tanto tempo sonhamos. As responsabilidades do cargo são enormes, mas ter a consciência de que o direito foi aplicado ao caso concreto submetido ao Judiciário de forma reta e justa e saber que o serviço público foi bem prestado é recompensador.

Crédito: Matheus Salomão/AMAERJ

Você sempre teve como objetivo ser juiz?

Não. Quando ainda estava no ensino médio e me preparava para o vestibular, queria cursar engenharia civil por ter mais afinidade com as exatas. Por insistência de meu pai, que é advogado, decidi me matricular no curso de direito, onde acabei me encontrando profissionalmente. No início queria advogar, mas depois de uma experiência de estágio muito rica na 2ª Vara Cível da Comarca de São Leopoldo descobri uma vocação para a magistratura. Me sentia realizado analisando e minutando os processos e não me via fazendo outra coisa. Daí seguiu a minha decisão de estudar para o concurso. Para preencher o requisito da prática jurídica, ingressei no serviço público no cargo de analista judiciário da justiça federal, o que somente reforçou a minha convicção de que queria ser juiz.

Quais são os seus principais objetivos profissionais a partir de agora?

Inicialmente nós passamos por um curso de formação de magistrados, com duração de quatro meses, no qual temos aulas teóricas e vivências práticas. Quero aproveitar ao máximo esse período e o contato com os colegas de concurso, juízes e desembargadores mais experientes para me preparar para exercer a função da melhor maneira possível. Depois do curso, meu objetivo é ser o melhor juiz que posso e consigo ser. A função do magistrado vai além de julgar lides. Ciente da importância da função, pretendo prestar a jurisdição da forma mais célere, efetiva e justa. Quero colaborar para que o Poder Judiciário concretize sua missão constitucional de tutela e concretização dos direitos fundamentais, assim atendendo aos anseios e expectativas da sociedade.

Crédito: Matheus Salomão/AMAERJ

Como a graduação em Direito da Unisinos e a própria Universidade são importantes para você em sua trajetória?

A graduação na Unisinos me ajudou de diversas formas. Tive ao longo do curso diversos ótimos professores que serviram de inspiração como profissionais e incentivaram muito o meu desenvolvimento pessoal, estimulando o aprofundamento do estudo e o pensamento crítico. O contato com membros do Judiciário, do Ministério Público e de outras carreiras públicas também serviu como motivador da decisão de prestar concurso para a magistratura. Além disso, o incentivo à pesquisa e à extensão também auxiliaram o gosto pelo estudo. Por fim, gostaria de mencionar a formação humanista que é buscada pela Universidade. Além de auxiliar nas matérias de formação humanística, esse viés será importante para o exercício de uma jurisdição mais sensível e humana, que é o que se espera do Poder Judiciário.

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