Projeto da Escola de Saúde, em parceria com a Politécnica, é aprovado em edital 

A pesquisa propõe a prototipagem de tecnologias, como dispositivos sensores, para análise de patógenos e poluentes em amostras ambientais

Crédito: Shutterstock

Fruto de uma parceria entre a Escola de Saúde e a Escola Politécnica, o projeto intitulado Saúde Resiliente: Desenvolvimento de Tecnologias para Predição e Monitoramento dos Impactos de Eventos Climáticos Extremos sobe a Saúde Humana, coordenado pela professora Mellanie Fontes-Dutra, foi aprovado no edital Fapergs e será financiado. A pesquisa propõe a prototipagem de tecnologias, como dispositivos sensores, para análise de patógenos e poluentes em amostras ambientais, como águas de cheias, alagamentos e enchentes, fornecendo uma detecção e quantificação imediata, para uma tomada de ação rápida e precisa nestas áreas afetadas, as quais impactam a saúde pública. 

Mellanie conta que a ênfase está na mitigação dos impactos negativos de eventos climáticos extremos, como precipitações intensas, no fortalecimento da resiliência das populações afetadas. “Além disso, o projeto busca ampliar o conceito de uma só saúde, principalmente integrando as dimensões da saúde humana e ambiental, com o objetivo de desenvolver estratégias que promovam a sustentabilidade e o bem-estar em contextos de crise climática”.  

Segundo a coordenadora, essa abordagem interligada e multidisciplinar permitirá uma maior compreensão dos determinantes sociais e ambientais da saúde, viabilizando a formulação de políticas públicas e práticas de intervenção mais assertivas e eficazes. 

A Escola Politécnica será uma parceira imprescindível para este projeto, assim como os Programas de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Alimentos, Nutrição e Saúde e Saúde Coletiva, além dos institutos tecnológicos itt Chip e itt Nutrifor. “Nesse contexto, a Escola Politécnica será crítica para o desenvolvimento e prototipagem dos sensores propostos pelo trabalho, ao passo que a escola de Saúde realizará a análise epidemiológica proposta e as análises de biologia molecular e toxicológica das amostras, para a detecção de moléculas e microrganismos nas amostras, para posterior validação pelos protótipos de sensores”, afirma Mellanie. 

A coordenadora encerra dizendo que a ideia é que, com os protótipos desenvolvidos, possam realizar ensaios maiores para sua validação, e padronizar uma metodologia para sua adaptação para outros microrganismos causadores de doenças em animais e em humanos, que possam se transmitir nas águas de cheias, alagamentos e enchentes.  “O projeto tem um alto potencial de impacto social, contará com uma sólida popularização científica sobre saúde única, formação de recursos humanos e a contribuição para uma maior resiliência e respostas ágeis diante de eventos extremos”, finaliza a professora.   

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