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I Encontro de Pesquisa, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo e XXVI Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica

Crédito: Juliana Borgmann

Iniciou nessa segunda-feira, 3/6, o Pesquisa +, I Encontro de Pesquisa, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo e XXVI Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica. A conferência de abertura aconteceu no Anfiteatro Padre Werner, com o tema ‘Pessoa, Tecnologia e Inovação no Direito’, ministrada pelo juiz federal Erik Navarro Wolkart.

O decano da Escola de Direito deu boas-vindas aos presentes e falou dos bons resultados na Universidade. “Quero lembrar, que nos últimos 12 anos, a Unisinos vem se caracterizando por seu excelente desempenho no PPG e na Graduação. Isso é reflexo do trabalho das pessoas nessa Instituição. Que a nossa realidade interfira na realidade das pessoas para formarmos uma república autêntica”, afirmou.

Crédito: Juliana Borgmann

O diretor da Unidade Acadêmica de Graduação, Pe. Sérgio Mariucci, falou de coragem e gratidão. “Minha palavra é de encorajamento e agradecimento. Encorajamento para os alunos, para verem essa oportunidade e construírem uma relação com o PPG. E agradecimento aos apoiadores desse evento”, enfatizou.

A diretora da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação, Dorotea Kersch, falou da missão da Unisinos. “Como universidade Jesuíta a gente nunca esquece de que quem é central é o ser humano, e é importante a Escola de Direito trazer esse tema para o debate. Uma excelente noite a todos”, desejou.

O reitor da Unisinos, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, contou que estava retornado de uma viagem à Ásia e falou da importância do intercâmbio. “O Brasil precisa de uma política de colaboração com a Ásia. O século XXI é o século de transformação da Ásia e nós brasileiro não podemos ficar de fora do jogo”, reforçou. O reitor falou ainda da digitalização e das grandes transformações que a humanidade está vivendo, mudando as relações sociais e de trabalho. “Para contribuir com o Brasil vamos ajudar a construir uma universidade que debate sobre tecnologia nesse mundo digital e repensa a pessoa humana, para que ela continue sendo o centro”, afirmou.

Crédito: Juliana Borgmann

Vítimas ou protagonistas?

Com o título ‘A era da Tecnologia – Vítimas ou protagonistas?’ o juiz federal Erik Navarro Wolkart falou sobre sua experiência no Sistema de Justiça, a partir da psicologia, economia, neurociência e tecnologia. Além disso, trouxe exemplos práticos de novas tecnologias, inclusive a inteligência artificial, e sua influência na vida das pessoas.

Erik enfatizou que vivemos um momento tecnológico e falou dos impactos da tecnologia para o mercado de trabalho e as questões éticas dessa relação, com foco em deixar de ser vítima e se tornar protagonista dessa era. O juiz lembrou da Lei de Moore, que diz que a cada ano e meio a capacidade dos computadores dobra.

“No crescimento exponencial, no início, não parece muita coisa, mas quando dobra vai se tornando gigantesco. E, com a tecnologia, é isso que tem acontecido. Hoje, temos computadores com a capacidade de processamento de um cérebro humano e há quem garanta que, em 2040, um computador poderá ter o poder de processamento do cérebro de todos os humanos juntos”, afirmou.

Crédito: Juliana Borgmann

O palestrante apresentou as redes neurais do cérebro humano e comparou com o funcionamento de um computador. “O processo de aprendizagem da Inteligência Artificial é de tentativa e erro, como acontece com os seres humanos”, sublinhou.

Erik questionou sobre quais empregos as tecnologias tiram e quais elas criam. “A tecnologia, até o momento, tirou mais empregabilidade no nível médio, no entanto todas as profissões que a gente conhece hoje serão afetadas. Não estou sendo pessimista, mas é preciso enxergar esse movimento para deixamos de ser vítimas e nos tornarmos protagonistas. É preciso se reinventar”, destacou.

O juiz apontou a importância da ética no processo de transformação tecnológica da sociedade e falou que o cérebro da gente tem duas formas de funcionar, uma mais instintiva e uma mais cognitiva. Segundo ele, a primeira funciona como um alarme, e a segunda, embora mais lenta, é mais eficiente e nos leva a decisões mais elaboradas.

Para Erik, é essencial pensarmos questões éticas voltadas para a Inteligência Artificial já que são as nossas resoluções de hoje que definirão como será a evolução tecnológica. “Que tipo de sociedade a gente que no futuro?”, questionou o palestrante.

O Pesquisa + tem como objetivo apresentar e discutir os resultados das pesquisas produzidas na Universidade nos diferentes níveis, as quais geram ciência, tecnologia, produto e solução inovadora a serviço da sociedade. O evento segue até quinta-feira, 6/6. Confira a programação dos próximos dias aqui.

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