O fim de uma etapa

O curso de Publicidade e Propaganda do campus de Porto Alegre teve sua primeira turma graduada em 2021

Arte: Manu Zuccari

Você consegue imaginar a sensação de fazer parte da primeira turma formada de um curso? Alunas de Publicidade e Propaganda da Unisinos (campus de Porto Alegre) viveram essa experiência. Elas conseguiram, em agosto deste ano, gravar seus nomes na história da Universidade, ao lado de Bruna Barboza, que se graduou no ano anterior.

Iniciada em 2017, a primeira turma de PP-POA, como é conhecida a graduação internamente, se formou. Após quatro anos, Ana Luiza Costa, Daniela Quintana, Débora Brião, Estela Freitas, Francine Marin, Kelly Romano e Laura de Avila deixaram de frequentar as salas de aula da Torre Educacional Unisinos para levarem ao mercado publicitário tudo o que aprenderam.

Quando Anaís Bertoni assumiu a coordenação do curso, em setembro de 2017, a primeira turma de alunos já estava em andamento. Ela ainda se lembra da primeira vez que os conheceu. “Foi engraçado ver a reação da turma quando fui apresentada. Como eles eram os pioneiros, eram super mimados. Então, eu recebi muito carinho e ganhei a confiança deles”, recorda a professora. Para Anaís, ao ver essas pessoas com um diploma e o mundo pela frente, o sentimento que fica é de felicidade e saudade. “Porque os alunos acabam ficando muito próximos da gente”.

Muitas lembranças e aprendizagens

Para Ana Luiza Costa, que desde seus 19 anos acompanha o dia a dia do curso e do campus de Porto Alegre, um dos momentos mais marcantes foi o workshop do Hospital Santa Casa, realizado junto com os Amigos da Boa Causa. Os futuros publicitários criaram materiais de divulgação para o Dia D, evento de arrecadação de doações para o Hospital.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Minha trajetória no curso se resume em conhecimento e preparação para o futuro. Acredito que o bom relacionamento com os professores sempre vai estar na minha memória, em especial a professora e coordenadora do curso, Anaís, que sempre foi muito solícita e carinhosa com os alunos. Eu saio com a sensação de dever cumprido e espero que os futuros estudantes aproveitem muito os anos de faculdade, pois passam muito rápido”, diz Ana Luiza.

Crédito: Arquivo Pessoal Primeira turma no workshop com a Santa Casa, em 2017

Daniela Ruschel, que antes de se encontrar em PP cursou Jornalismo, ressalta que o melhor que um estudante pode fazer é aproveitar o tempo de universidade para fazer estágios, abrindo o leque para o mercado de trabalho, com uma ajuda do Unisinos Lab. Acima de tudo, ela deixa uma dica para aqueles que, por conta da pandemia, ainda não tiveram a experiência presencial no campus: “Não adianta bater na máquina de refrigerante do corredor. Às vezes, ela vai engolir as tuas moedas”.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Uma das minhas memórias mais marcantes são as primeiras aulas, aquelas apresentações que a gente tem que fazer pra turma falando o nosso nome e idade. Parece bobo, mas é impossível esquecer esse momento. Eu sou grata por ter conhecido pessoas incríveis, várias amizades… O final do curso é assustador, não pelo TCC, mas pelo sentimento de que tudo aquilo está acabando”, conta Daniela.

Débora Brião iniciou a faculdade de PP em São Leopoldo um semestre antes do curso estrear em Porto Alegre. Por conta disso, precisava pedir autorização para fazer disciplinas na capital, uma vez que era mais próximo de sua casa. Assim, adquiriu o status de ser uma das primeiras formandas de PP-POA com vínculo em São Leopoldo. Para ela, que conseguiu seu primeiro estágio após entrar em contato com uma palestrante que conheceu através do curso, a força de vontade é um ingrediente essencial para o ambiente universitário – e para a vida –, porque, em suas palavras, “nada vai cair do céu”.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Eu sou a primeira graduada da família. Foi uma baita conquista de todas as coisas, desde as pequenininhas até a formatura. Foi muito legal a questão de tu veres que está lá por um bocado de gente. Gente que abriu as portas, que te ajudou. Não é só a faculdade e a pessoa, tu acabas transformando a tua família, tu acabas mudando a visão de pensamento deles, as tuas e até dos teus amigos, porque quando tu fazes uma coisa que tu gostas, tu acabas contando para as outras pessoas”, relata Débora.

Para Estela Freitas, o curso teve pontos de virada que marcaram sua trajetória universitária. Um deles foi começar a aplicar na prática, através do estágio, a teoria que aprendia nas disciplinas. Outro foi a elaboração do TCC, normalmente uma das etapas mais temidas pelos alunos. Ela diz que até pode ser uma experiência dolorosa, mas que não é tão ruim quanto parece e, no final, lhe permitiu uma análise sobre o processo acadêmico que contribuiu para que se moldasse ao que é hoje.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Todos os momentos vividos foram muito especiais para mim. Desde as aulas que rabiscamos nas paredes até os workshops, as saídas de campo para visitar fábricas ou agências. Tudo me marcou muito. Acho que o que mais ficou marcado para mim foram as conexões feitas ao longo do curso. Tanto os colegas quanto os professores. É muito bom saber que hoje posso chamar as pessoas que conheci na Unisinos de amigos”, conta Estela.

Na visão de Francine Marin, muito diferente do campus de São Leopoldo, que já tem um legado de mais de 50 anos, em Porto Alegre, por ser um campus novo, que todos estavam conhecendo, a sensação de estar à vontade e pensar o lugar como uma extensão de casa foi orgânica. Para ela, que conheceu o fotógrafo de seu casamento durante um shooting para o curso de Moda, do qual foi voluntária, o mais importante é cultivar e aproveitar as relações que podem ser criadas dentro da faculdade, “porque nunca se sabe o dia de amanhã”.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Eu acho que o curso todo foi bem marcante para a minha vida, porque, quando eu entrei na faculdade, pelos meus 20 anos, estava amadurecendo. Então, o curso foi importante para o meu crescimento, tanto pessoal quanto profissional. Eu fiz amizades que eu estou levando para fora da Unisinos, que me acompanharam todos os anos, e tive trocas com os professores. A faculdade vai muito além de copiar conteúdo, ela é se envolver com as pessoas”, diz Francine.

Vinda de uma família de publicitários, Kelly Romano por pouco não cursou Direito. O que começou como uma tentativa, conquistou a estudante e abriu seus horizontes para todas as vertentes que existem dentro do mundo da publicidade – do cinema à fotografia –, mostrando a ela que as agências não são a única opção. Uma das primeiras veteranas, uma das organizadoras do primeiro trote do curso, Kelly se formou deixando uma última reflexão: “Respeite seus limites físicos e psicológicos. Seu bem-estar não deve ser negligenciado”.

Crédito: Arquivo Pessoal

“A turma mudou muito nesses anos, mas eu não reclamo, porque, agora, quando eu me formei, eu saí com as amizades certas. As amizades que eu vou levar para a vida. Eu fiquei muito feliz, porque eu me encontrei. Não adianta entrar com a mentalidade de só querer o diploma, porque aí tu não vais curtir o processo. PP é muito um curso de trocar ideias, brincar, é algo de interações. Deslumbre, foco e gratidão, é assim que eu descreveria esses quatro anos, finalizando com o sentimento de orgulho, por todas as pessoas que estavam me apoiando. Sem essas pessoas, eu não teria conseguido sozinha”, reflete Kelly.

O que Laura de Avila deixa para aqueles que ainda estão na faculdade é: não tenha pressa. Ela acredita que, com a quantidade de mudanças pelas quais a vida passa, ninguém deve se prender ao que, um dia, achou que era o certo. Independente da idade com qual termine a faculdade, o que conta é aproveitar o processo, respeitando o tempo de cada um. “22, 30, ou 40 anos, não importa. Não tenha pressa e aproveite cada momento!”, sugere Laura.

Crédito: Arquivo Pessoal

“Eu lembro da minha primeira aula como se fosse ontem e da minha última aula como se fosse hoje (risos) A minha trajetória na Publicidade é muito marcante pra mim, porque no colégio eu nunca fui a melhor da turma e isso mudou na faculdade. Na adolescência minhas notas não eram altas e o interesse era pouco. Mas quando entrei na Publicidade, meu olho brilhou de uma maneira inexplicável. A sensação de estar cursando algo que eu amava era incrível e saber que eu estava em um ambiente familiar, mais ainda. Tudo isso me ajudou muito e me motivou demais”, conta Laura.

Para essas alunas, que acompanharam o desenvolvimento de parte da biografia do campus de Porto Alegre, a coordenadora Anaís deixa um recado: “Eles sempre terão o nosso carinho e acolhida. Essa turma tem um lugar muito especial no meu coração. Eu pude acompanhar toda a jornada deles pelo curso. Agora, queremos continuar acompanhando o sucesso deles no mercado. A Universidade cria vínculos para a vida, então, eles podem contar com o curso ao longo de sua trajetória”, conclui.

Crédito: Arquivo Pessoal / Anaís Bertoni é coordenadora do Curso de PP-POA

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