MHGEO exibe os trilobitas, primeiros seres vivos do planeta a desenvolverem olhos

Fósseis bem preservados desses animais marinhos, que viveram há mais de 500 milhões de anos, podem ser visitados no Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul até o dia 21 de agosto

Foto: Mariana Mildner / Agexcom

No campus da Unisinos em São Leopoldo, o Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul (MHGEO) convida o visitante a “viajar no tempo” para conhecer seres que habitaram a Terra há mais de 500 milhões de anos. A exposição “Trilobitas: uma explosão de vida nos mares pré-históricos”, aberta até dia 21 de agosto, ajuda o público a descobrir o universo dos artrópodes marinhos, que, em um dado momento, dominaram os oceanos do planeta.

Com visitação aberta todos os dias úteis e entrada gratuita, a exposição tem recebido visitantes de diversas faixas etárias, movidos principalmente por ampliar o conhecimento em ciência, mas também pela curiosidade. A iniciativa é fruto da parceria entre o MHGEO e o Museu Itinerante de Ciências Naturais, projeto do paleontólogo Rodrigo Guerra, integrante da equipe de pesquisadores do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas (itt Oceaneon), cujo acervo compõe a mostra. A curadoria é do paleontólogo Rodrigo Horodyski, professor do Programa de Pós-Graduação em Geologia da Unisinos, e coordenador do Museu.

Para Horodyski, mesmo em se tratando de seres que viveram há milhões de anos, a mostra segue pertinente. “Como cientista, educador e curador do MHGEO, vejo no estudo e na difusão do conhecimento sobre o passado da Terra não apenas uma responsabilidade, mas um imperativo ético”, reflete. Segundo o professor, compreender as crises passadas é também compreender a nós mesmos. “Para enfrentar, com lucidez e responsabilidade, os desafios ambientais do presente e do futuro”, observa.

Os primeiros olhos do planeta

“Foram dos trilobitas os primeiros olhos a se abrirem para o mundo”, explica o coordenador do Museu, que busca mostrar esse pioneirismo com peças raras e recheadas de detalhes. Entre os destaques dos seres que, há cerca de 540 milhões de anos, foram os primeiros a desenvolver olhos, duas chamam mais a atenção para o curador: uma que mostra um grupo de trilobitas enfileirados, que sugerem movimentos migratórios sazonais, e outra que retrata uma cena de mortandade em massa, com diversos exemplares enrolados, em resposta a um estresse ambiental.

“Os fósseis dessa exposição apresentam preservação excepcional, ou seja, diversas características frágeis do corpo desses animais estão ali, desde antenas, espinhos e até ‘pernas’”, afirma Horodyski.

Atividades para todos os públicos

A exposição oferece oficinas, jogos, mediações científicas e atividades sensoriais, pensadas para todas as idades. Os visitantes podem, inclusive, “tocar e compreender a história”, como diz Horodyski. “Nosso objetivo é despertar o encantamento pela paleontologia e fomentar o pensamento crítico desde cedo”, acrescenta. E para engajar as crianças, o coordenador do MHGEO revela algo curioso: existe até personagem do Pokémon trilobita.

Serviço

Exposição: “Trilobitas: uma explosão de vida nos mares pré-históricos”;

Período: até 21 de agosto de 2025;

Onde: Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul – MHGEO (campus da Unisinos em São Leopoldo);

Horário: de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h;

Ingresso: entrada gratuita

Informações: (51) 3591-1122, ramal 1741. E-mail: mhgeo@unisinos.br.

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