Ensino e aprendizagem em ação

Programa de educação e ação social - Balanço Social 2013

Ana Lúcia Raupp trocou a segurança de 13 anos de carreira por uma experiência totalmente nova entre as iniciativas sociais da universidade. Por mais de uma década, a estudante de Pedagogia se dedicou exclusivamente aos setores administrativo e comercial do ramo alimentício, até sentir que era hora de mudar. “Minha vida profissional não disponibilizava tempo para aproveitar as oportunidades da Unisinos, e isso sempre me incomodou enquanto acadêmica”, conta. “Em 2013, tomei coragem, me desliguei da empresa e procurei o Educas, onde iniciei um estágio voluntário com o objetivo de ingressar na área da educação.”

O Educas consiste em um serviço de atendimento educacional voltado a crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. De acordo com Ana Lúcia, o espaço interdisciplinar (Pedagogia e Psicologia), permite a criação de estratégias de ensino-aprendizagem que vão além da técnica. “Nós interagimos com as escolas, temos momentos de supervisão com a pedagoga e a psicóloga do programa e realizamos grupo de estudos semanais para discussão de temas pertinentes à educação”, descreve a estudante.

As ações desenvolvidas pelo Educas potencializam um movimento de mudança da realidade educacional da região, contribuindo para os processos de inclusão, permanência e aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. Além disso, fortalece o vínculo com a família e provoca reflexões acerca da coparticipação no ensino. Ao mesmo tempo, oferece oportunidades de aperfeiçoamento profissional aos graduandos de licenciaturas da universidade.

“A articulação de todas essas ações foi importante para que eu adquirisse uma postura mais investigativa e autônoma”, considera Ana Lúcia. “Ao final do semestre, consegui perceber tanto os deslocamentos dos jovens em relação às suas dificuldades, quanto o meu movimento de constituição profissional.” A experiência foi tão significativa para ela que não terminou junto com o ano. Depois do estágio, a futura pedagoga decidiu continuar no programa em 2014, ensinando e aprendendo ainda mais.

Exploradores

Ana Lúcia recorda com entusiasmo as descobertas feitas no programa. Ela conta que, de início, percebeu uma resistência do grupo, em relação à prática de produção textual. ”Pedimos pequenas escritas, sem sucesso. Depois, tentamos construir uma história coletiva, mas na hora de colocar no papel não funcionou”.

Após muitas observações, surgiu a ideia de entregar uma prancheta com papel e caneta aos jovens, para que eles se escondessem no pátio da Antiga Sede da Unisinos e imaginassem estar vivendo uma aventura e, em dupla, criassem e descrevessem esta história.

“O resultado foi surpreendente. Todos realizaram a atividade com temas diferentes, trazendo elementos de suas personalidades, para textos, bem construídos dentro de suas habilidades, com coerência, contendo início, meio e fim”, avalia Ana Lúcia. “Acredito que a liberdade de movimento foi essencial para que eles soltassem também a imaginação e vivenciassem a experiência da fantasia possível através das histórias.

Esta matéria foi realizada em meados de 2014, referente ao Balanço Social 2013.

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