Debate em prol da saúde no Rio Grande do Sul

Audiência Pública aconteceu na manhã desta quarta-feira na Assembleia Legislativa

Na manhã desta quarta-feira, 15 de abril, representantes de quatro universidades gaúchas, Unisinos, Feevale, Unijuí e URI reuniram-se na Assembleia Legislativa para debater sobre os projetos do curso de Medicina propostos pelas instituições. A iniciativa de propor esse encontro partiu do deputado do PT, Tarcisio Zimmermann, para dar apoio a candidatura das universidades comunitárias.

“Nós fizemos esse convite porque nosso objetivo é que a assembleia possa contribuir na escolha de instituições que já estejam integradas nas comunidades em que os cursos serão ofertados”, destacou Zimmermann. Segundo o parlamentar, a criação desses novos cursos de Medicina, incentivados pelo Governo Federal, integram uma parte do Programa Mais Médicos, que busca levar profissionais da saúde a todas as regiões do país.

A visão das universidades

Representantes das quatro universidades se posicionaram sobre seus projetos. “A Unijuí se preocupa com o desenvolvimento da região. Nós temos uma história de 58 anos junto à comunidade e vemos que as grandes dificuldades da saúde não estão na alta complexidade, mas na parte básica. Entendemos que a saúde não se faz só com médicos, mas com educação”, ressaltou Matinnho Luís Kelm, reitor da Unijuí.

Para apresentar o projeto da Unisinos, uma pequena comissão da universidade se fez presente na reunião composta por: pró-reitor acadêmico, padre Pedro Gilberto Gomes, decana da Escola de Saúde Unisinos Mãe de Deus, Vera Ramires, futura coordenadora do curso de Medicina, Nêmora Barcellos e o diretor da Unidade Acadêmica de Graduação, Gustavo Borba.

“A Unisinos está nesse projeto por seu compromisso com a região. Os jesuítas já estão no Vale dos Sinos desde 1869. Achamos que devemos investir em saúde, por isso a proposta do curso de Medicina, porque São Leopoldo carece de cuidados com a saúde”, defendeu, padre Pedro. “O edital olhou o Brasil como um todo, vendo as lacunas na formação dos médicos, que devem ter uma formação humanista e com muita tecnologia.  Agora inicia a avaliação qualitativa dos projetos e me parece muito difícil que uma instituição que não esteja inserida na região consiga desenvolver um projeto que dê conta de dificuldades que não conhece”, afirmou Borba. “As universidades comunitárias trabalham junto com o município para abranger os novos cursos de medicina. A concorrência é de um projeto especial se contrapondo a uma candidatura genérica”, complementou Nêmora.

A Feevale foi a terceira universidade a falar. Representada pela pró-reitora de Extensão e Assuntos Comunitários, Gladis Baptista, destacou que o contato inicial para o desenvolvimento do projeto partiu do município de Novo Hamburgo. “A partir de uma reunião com o prefeito da cidade a Feevale entendeu o chamado da região e iniciou o projeto, que começou solo e em seguida ganhou o apoio de outros municípios. O nosso grande desafio foi montar a residência destes profissionais”, revelou.

A URI não conseguiu chegar a tempo para reunião em função de problemas de deslocamento. No entanto o coordenador de Gestão de Projetos da prefeitura de Erechim, Jackson Luís Arpini, defendeu o projeto da universidade do município. “O projeto da URI, como os outros citados aqui, está focado no local”, ressaltou.

Durante o debate que ocorreu ao longo da manhã, o representante do sindicato dos médicos Jorge Souza destacou a importância de mais médicos no interior do estado. “O Rio Grande do Sul tem 15 faculdades de medicina, só três na capital, mesmo assim, a maior parte dos médicos está em Porto Alegre, isso precisa mudar”.

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