Conferência com representante do Ministério da Educação fala sobre relações étnico-raciais

Ilma Fátima de Jesus esteve na Unisinos de destacou o ensino sobre a cultura afro-brasileira e africana

Crédito: Rafael Casagrande

A Unisinos recebeu ontem, dia 30 de outubro, Ilma Fátima de Jesus, coordenadora geral de Educação para as Relações Étnico-Raciais, do Ministério da Educação (MEC), que apresentou a conferência: Dialogando com as Políticas Públicas e as Relações Étnico-Raciais. Um dos temas abordados no evento foi a questão do plano nacional de implementação das diretrizes curriculares nacionais, para educação das relações étnico-raciais, e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana.

Ilma falou sobre os programas que o Ministério da Educação tem desenvolvido para a eliminação do preconceito racial. “Eu trago, o que o Ministério vem fazendo, para que as políticas educacionais convirjam para a aplicação da lei 10.639/03, em cumprimento da alteração da lei de diretrizes e bases da educação nacional, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana”, destaca. Assim, os esforços do MEC são para induzir as práticas dessas políticas, para a área da educação, e que se efetive no dia a dia da sala de aula, na formação de professores e nos materiais didáticos.

A educação, para a coordenadora, é a forma que se tem para dialogar essa temática, onde se tem um campo vasto e interessante para a eliminação do racismo. Assim, se insere nas escolas e universidades algo que não era tratado comumente. Na Unisinos, Ilma viu essa intenção já na prática e considerou a universidade como uma instituição que abraça todos os povos. “Encontrei na Unisinos múltiplas possibilidades de eliminação da desigualdade”, comenta ela, que ainda faz um grande destaque ao Neabi (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas). “O Neabi é importante. Porque se nós precisamos estudar uma temática, que nem sempre foi interpretada de maneira correta, e que é necessária ser pesquisada, nós precisamos algo que chame professores a desenvolver trabalhos sobre este assunto”, salienta.

Ainda sobre a Unisinos, Ilma ficou contente, ao cruzar pelos corredores, por duas estudantes de Cabo Verde, que estão cursando o mestrado, e também ao saber que 56 estudantes de Angola estão cursando uma graduação completa. “Eles vem aprimorar os conhecimentos aqui no Brasil, para voltar a seus países e dar o retorno dessa formação”, conta. Com essas propostas, a coordenadora espera que a Unisinos permaneça seguindo as diretrizes e programas do MEC para, assim, conseguir eliminar o racismo.

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