A popularização da ciência a um clique de distância

Iniciativa do PPGLA aproxima a ciência produzida nas universidades da população

Crédito: Divulgação

A popularização da ciência está cada vez mais em foco dentro dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) da Unisinos. Foi pensando nisso que, em 2016, durante uma disciplina do PPG de Linguística Aplicada, a Linguarudo nasceu. Uma revista digital de popularização da ciência, cujos materiais são produzidos por alunos e alunas da Unisinos e por colaboradores.

Naquele ano, a disciplina de Seminário de Leituras Avançadas – Comunicação da Ciência: aspectos discursivos e textuais, ministrada pela professora Maria Eduarda Giering, tinha, como trabalho final, a produção de um texto de popularização científica sobre alguma pesquisa concluída ou algum tema pesquisado pelos alunos. A professora, que coordena o grupo de pesquisa Comunicação da Ciência: Estudos Linguístico-Discursivos (CCELD), viu ali uma oportunidade para as atividades práticas de Divulgação da Ciência. A Linguarudo surgiu, então, como uma ferramenta gratuita para publicar os textos produzidos pela disciplina.

Êrica Ehlers Iracet é graduada em Letras – Português/Inglês, além de ser mestra e doutora em Linguística Aplicada pela Unisinos. Ela integra o CCELD desde a graduação e participou do processo de criação da Linguarudo, como aluna daquela disciplina de 2016. Ela conta que a revista foi pensada, inicialmente, como um veículo para publicar textos de popularização da ciência no campo das Ciências da Linguagem, mas que a Linguarudo foi se atualizando e se ampliando ao longo do tempo. “Neste ano, passamos a publicar textos sobre as mais variadas áreas do conhecimento, eliminando a restrição inicial ao campo dos estudos da linguagem, além disso, criamos novas seções no site da revista, as quais permitem a publicação de materiais diversificados”, explica.

A divulgação da ciência

Além da Êrica, que é editora geral da revista, e da professora Maria Eduarda, coordenadora do CCELD e da publicação, a equipe da Linguarudo é composta ainda por Dieila dos Santos Nunes, editora das seções Linguarudinho e Podcasts, Júlia Klein, que cuida da seção Podcasts e é responsável pelas redes sociais da revista e Luciane Raupp, responsável pelo canal no YouTube, além de ser ilustradora. A importância da revista, segundo Êrica, vem do fortalecimento do letramento científico e a criação de uma cultura científica na sociedade. “Precisamos, cada vez mais, popularizar a ciência e, ‘de quebra’, mostrar ao povo lá fora o trabalho incansável que realizamos dentro das universidades”, conta.

O grupo entende, por letramento, a capacidade de compreender métodos científicos. Ou seja, não apenas memorizar conceitos, mas saber aplicá-los em situações cotidianas. A partir disso, e percebendo uma carência da popularização científica de acesso gratuito para crianças no país, surgiu a ideia de criar a aba Linguarudinho. As discussões começaram no grupo de pesquisa e, também, na disciplina do PPGLA que originou a Linguarudo. “Baseando-nos em estudos sobre a relação entre popularização da ciência e letramento científico, corroboramos o princípio de que o letramento científico deve iniciar já na educação infantil e nas séries iniciais”, comenta Êrica.

O conteúdo da Linguarudo é divulgado através dos perfis nas redes sociais e, também, por meio de uma rede de disseminação entre os PPGs e cursos de graduação da Unisinos. A Linguarudo também oferece cursos de capacitação para produção de material para publicação na revista e tem parcerias com outras instituições com o objetivo de popularizar a ciência. A reação do público também chama a atenção. “O retorno é sempre muito positivo e, muitas vezes, além da captação de novos leitores, percebemos o interesse em colaborar com a produção de conteúdo para a Linguarudo”, conta Êrica.

A colaboração na revista é simples: “para publicar na linguarudo, é preciso, antes de mais nada, ter vontade de compartilhar conhecimento científico com o público não especializado e vontade de contribuir para a criação de uma cultura científica que ultrapasse os muros da universidade”, explica a editora. Sendo assim, o próximo passo é consultar a aba Sobre a Revista, onde se encontram a política editorial, o tutorial de submissão e algumas dicas para escrever na Linguarudo.

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