Uma semente de diversidade e inclusão plantada pela Unisinos

Filipe Roloff, um dos 50 futuros líderes LGBTQI+ mais importantes do mundo, fala sobre sua história com a Unisinos

Crédito: Impulso

Ele está entre os 50 futuros líderes LGBTQI+ mais importantes do mundo. Essa afirmação é do jornal britânico Financial Times. Filipe Roloff é natural de São Leopoldo, e conta que sua relação com a Unisinos vem desde a infância.

O pai trabalhava na universidade, enquanto Filipe aproveitava para brincar pelo campus. Considerando a Unisinos como sua segunda casa, optou por cursar aqui Comércio Exterior, mesmo após ser aprovado no vestibular de mais de uma universidade federal.

“A familiaridade, o fato de ser uma das melhores universidades privadas do país e o Parque Tecnológico foram alguns dos motivos que me fizeram optar pela Unisinos”, justifica.

Com o diploma nas mãos, Filipe levou seus conhecimentos para atuar na indústria. Logo viu que aquele não era o seu ideal profissional, mas que ele poderia utilizar a base de sua graduação para ousar e trocar de área com fundamentação. Assim, ele mergulhou em uma oportunidade para trabalhar numa empresa de tecnologia, a SAP Labs Latin America.

Lá, começou a atuar na questão da diversidade e da inclusão de LGBTQI+. E o negócio deu muito resultado. Tanto que ele se tornou líder do Pride@SAP Brasil: um grupo que reúne colaboradores aliados à causa LGBTQI+ que, juntos, buscam o desenvolvimento de uma cultura inclusiva no ambiente profissional.

Mas Filipe deu um passo além. Hoje, ele é líder de diversidade e inclusão de toda a América Latina.

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O profissional

O fato de ter feito Comércio Exterior, mais o conhecimento adquirido na Unisinos, abriu um leque de possibilidades, não só na parte de importação e exportação, mas também em negociação internacional e outras áreas. Essa abrangência deu a ele a possibilidade de trocar a indústria pela tecnologia. “Ir para uma empresa de tecnologia, que está dentro do Parque Tecnológico, formou muito de quem é o profissional Filipe hoje”, revela.

Mas o aprendizado não parou aí. Também na Unisinos, Filipe, que hoje faz mestrado, acabou desenvolvendo outras capacidades com o MBA em Processos e Negócios. Isso o ajudou muito no desenvolvimento de um escritório de gestão de processos global na SAP.

O que é ainda mais potencializado pelo mestrado em andamento na Unisinos. Curso que faz Filipe enxergar as possibilidades sob um olhar mais estratégico. “O que eu estudo é Design Estratégico na parte de inovação social, que combina totalmente com meu trabalho voltado à diversidade e inclusão nas organizações”.

O grupo Pride@SAP

Liderando o grupo Pride@SAP até o ano passado, Filipe começou a entender todos os processos de inclusão. Esse procedimento permite, a uma pessoa excluída em uma organização, a inserção no ambiente de trabalho de maneira a ser quem ela realmente é, poder dar sua opinião, tomar decisões e inovar.

O bom exemplo virou um projeto de inclusão geral na SAP Latin America. Mas não só lá. Fora da empresa, veio o Pride Connection, um grupo de conexão entre empresas que ajuda a desenvolver a inclusão nas organizações do Rio Grande do Sul.

Esse viés de inclusão e diversidade, inerente a Filipe Roloff, foi alimentado por todo o ecossistema da Unisinos. “A universidade trabalha a humanidade, faz conexões com questões importantes nessa área de humanas, e faz com que possamos movimentar as empresas nessa direção. A Unisinos foi muito importante para desenvolver esse trabalho”.

Por um futuro com menos desigualdade

Em 2018, Filipe fez parte da criação do UniDiversidade – Rede de Estudo e Debate sobre diversidade LGBTQI+ da Unisinos. O grupo conta com o objetivo de reunir integrantes de toda a comunidade acadêmica da Universidade para que a luta pela igualdade se solidifique através da informação, construindo espaços seguros para trabalhar, estudar e amar sem medo.

O movimento garante um espaço seguro para a manifestação dos problemas gerados pela intolerância e também dissemina pesquisas acadêmicas em temas relacionados à diversidade. Ambiente que dá ainda mais autoridade para Rollof ampliar o alcance da inclusão. “Uma proposta de falar da diversidade de forma geral, que traga resultados não só para a Unisinos e para as pessoas daqui, mas que seja exemplo para outras universidades”.

No momento, o grupo está em processo de transformação. Filipe retorna para a Universidade como um ex-aluno que repensa as estruturas existentes e pensa em como torná-las mais inclusivas. O trabalho direto com a reitoria da Unisinos demonstra o compromisso de uma universidade que acompanha as mudanças do mundo.

E para quem tá chegando?

“Pra mim o vestibular e a escolha de um curso foi algo bem difícil. Mas ele pode ser transformado em outras perspectivas. A graduação que estudamos, não nos define, se estivermos abertos a aprender outras coisas”.

O recado de Filipe também reforça que na Unisinos, as conexões com pessoas e com seus conhecimentos, permitem o contato com as possibilidades que o mundo oferece. “Sempre se conectar com o diferente, ser curioso, entender que o desenvolvimento não vem só do curso, mas daquilo que nos move”, finaliza.

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