Em parceria com a CNA, Unisinos elabora estudo analisando oportunidades para o agro brasileiro pós-Brexit

Documento detalha mudanças no regime tarifário do Reino Unido a partir de janeiro deste ano

Crédito: Getty

Em janeiro deste ano, o Reino Unido efetivou mudanças nos regimes tarifários de importações, com alterações nas alíquotas de alguns produtos. Diante dessas modificações, a Unisinos, em parceria com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), elaborou um estudo a fim de analisar as principais oportunidades para o agronegócio diante do cenário pós-Brexit, regime que consolidou a saída do Reino Unido da União Europeia.

O estudo intitulado “Brexit e o novo regime tarifário britânico – Mudanças e oportunidades para o setor agropecuário brasileiro” analisa a proposta do país que inclui a desgravação ou a simplificação das tarifas de importação aplicadas sobre 563 produtos do agronegócio. O professor Marcos Lélis, coordenador do Grupo de Pesquisa Competitividade e Economia Internacional da Faculdade de Economia da Unisinos, explica que a metodologia para a elaboração do estudo foi desenvolvida em conjunto com a CNA. “Foram necessários cerca de dois meses de trabalho, envolvendo alunos da graduação, pós-graduação e graduados da universidade que compõem a equipe de pesquisa. Esse é um dos estudos desenvolvidos em convênio com a CNA, que está em tratativas de renovação. Com esse, já são cinco estudos entregues pelo grupo. A ideia é que a parceria renda um total de quinze documentos que servirão como base para a tomada de decisão em ações comerciais em todo o país”, explica Lélis.

Com base nas perspectivas positivas para o agro brasileiro após a saída dos britânicos da União Europeia, o documento também aponta produtos para os quais o Brasil possui capacidade de oferta. “A partir da análise desse novo perfil tarifário, destacamos a importância do mercado britânico para o setor agropecuário brasileiro, sendo o Brasil um grande exportador de produtos agrícolas e o Reino Unido um grande importador”, ressalta Lélis.

Vinhos e cacau em pó foram liberalizados, ou seja, tiveram alíquotas reduzidas a zero, e poderão ingressar no mercado britânico sem a necessidade do pagamento de imposto de importação. Um dos setores mais beneficiados é o de óleos essenciais, que também tiveram as tarifas liberalizadas para todos os produtos. O Brasil é um importante fornecedor de óleos essenciais de laranja ao Reino Unido, representando, em 2019, um marketshare de 33,4% das importações totais do mercado. Outros óleos essenciais também tiveram participação residual brasileira.

Atualmente, o Grupo de Pesquisa Competitividade e Economia Internacional do PPG em Economia da Unisinos conta com estagiários do curso de Economia, dois doutorandos, mestres em Economia pela universidade, além de dois graduados egressos da Unisinos. Eles são responsáveis por essas e outras pesquisas financiadas por diferentes parceiros. Para acessar o documento “Brexit e o novo regime tarifário britânico”, clique aqui.

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