Uma ponte entre a teoria e a prática

Estudantes aliam conhecimento e criatividade na construção de pontes feitas com palitos de bambu

Foto: Rodrigo W. Blum

Uma referência para se chegar até um local específico, pode se tornar um grande marco na rotina de alguns universitários. O objetivo, de colocar o nome num projeto tão esperado, surge do caminho que é revisitado dia após dia nesse processo. A Ponte do Matão foi nomeada em homenagem ao vasto matagal ao lado da estrada e com destino até Sapucaia do Sul, onde mora um dos integrantes do grupo. Ela foi a ponte vencedora da I Competição Estudantil de Pontes de Palitos de Bambu.

Foto: Rodrigo W. Blum

Na última sexta-feira, 1º de julho, mais de 300 estudantes de Engenharia Civil ocuparam o Auditório Central da Unisinos para a realização do evento mais esperado do curso. No total, foram confeccionadas 42 pontes para a competição. O objetivo do evento, que era colocar em prática a teoria passada em sala de aula, foi alcançado com êxito.

“Mais importante que competir é associar os fenômenos da sala de aula com o que está acontecendo aqui. Saber que o que foi projetado está se cumprindo, observar possíveis falhas. Tudo isso em um momento de descontração”, comenta Uziel Quinino, professor do curso.

A competição

Para compor a nota de cada grupo, foram utilizados dois coeficientes. O peso máximo que a ponte aguentou antes de romper sua estrutura. E a composição do grupo, que para obter a pontuação máxima nesse quesito, deveria ter um integrante de cada nível da atividade acadêmica Análise Estrutural.

A estrutura usada para aplicação de carga foi um show a parte. Quem estava presente no auditório acompanhava em tempo real a quantidade de força aplicada na ponte. Para isso acontecer, Julio Daudt, estudante do 7º semestre e integrante da comissão organizadora, explica que o sistema foi configurado por uma unidade hidráulica, um pistão hidráulico.

Foto: Rodrigo W. Blum

“O sistema de alavanca, tanto impulsionado para frente, quanto para trás, aplica um deslocamento nesse pistão. Esse deslocamento é transferido para a ponte a partir do mosquetão. A medida de carga tem uma célula de carga que funciona como um transdutor de força, ou seja, isso é passado para o computador, que projeta na tela a quantidade de força que está sendo aplicada na ponte naquele exato momento”, ressalta Daudt.

Esse foi o desafio vencido pelo grupo composto por Giácomo Botene, Lucas Zimmer, Juliane Macedo Dutra, Tomas Gambim e Mario Anziano. A Ponte do Matão aguentou a carga de 398,8 kg antes de romper sua estrutura. E o grupo já pensa na próxima edição do evento. “Tivemos o coeficiente que estipulamos e aquele que aguentou a carga. O objetivo é melhorar o projeto para a próxima competição”, comenta Juliane.

Foto: Rodrigo W. Blum

Integração dos alunos

Além de contribuir para a formação técnica dos acadêmicos, a emoção de participar de uma competição diferenciada promoveu maior integração entre os estudantes do curso, através da troca de experiências.

Segundo o coordenador, Daniel Medeiros o grande ganho da competição foi o interesse dos alunos. Ele explica que todo o evento foi realizado pelos alunos. Desde a construção do suporte de aplicação de cargas até a organização da competição.

“Superou a expectativa da coordenação. Foram 42 pontes. Vimos estudantes dedicados que nos procuravam para tirar dúvidas. Nossos alunos são de alto nível”, finaliza.

Confira mais imagens da competição:

I Competição Estudantil de Pontes de Bambu

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