Patologias em estruturas de concreto é o assunto da aula inaugural de Engenharia Civil

Palestras tiveram como tema central os problemas mais comuns em construções civis

Crédito: Rodrigo W. Blum

Nesta quarta-feira, 03 de setembro, o auditório central da Unisinos esteve lotado e foi palco de discussões sobre patologias em estruturas de concreto. O coordenador do curso de Engenharia Civil Volnei da Silva, abriu o evento agradecendo a presença dos participantes. Após apresentar o roteiro da noite, o professor falou um pouco sobre o currículo dos palestrantes. “Gilberto é um ex-aluno da Unisinos, que volta para visitar a casa, é uma satisfação para gente recebê-lo tantos anos depois”, afirmou.

Crédito: Rodrigo W. Blum

O primeiro conferencista da noite foi Jeferson Boes, com o painel Engenheiros sem Fronteiras. O aluno de Engenharia Civil é diretor da ONG Engenheiro sem Fronteiras, no núcleo da Unisinos. “A organização atua em 47 países, sendo que na região sul do Brasil a Unisinos é a primeira universidade a se engajar no projeto”, contou. O estudante apresentou um vídeo mostrando o trabalho realizado pela ONG. “Nosso objetivo é fazer um núcleo com as engenharias integradas”, destacou. Jeferson lembrou os problemas habitacionais e de saneamento básico da região, ao convidar os colegas para participarem do núcleo da Unisinos. “A rede internacional de estudantes está com candidaturas abertas até 07 de setembro”, reforçou.

A coordenadora do curso de Metrado em Engenharia Civil, Luciana Gomes, deu boas-vindas aos alunos. “É no primeiro dia de aula que a gente começa a pensar na carreira”, afirmou a professora, ao falar da importância de fazer uma graduação de forma comprometida. O decano, Carlos Moraes, também falou aos alunos e explicou o que é a Escola Politécnica e quem faz parte dela. “Buscamos sinergia entre as áreas”, enfatizou.

A palestrante seguinte foi a mestranda Alice Medeiros, que enfocou a Biodeterioração no concreto. Alice falou da evolução da construção civil e da importância da durabilidade das construções. O tema do painel foram as interações indesejadas e destrutivas em materiais da construção civil. “A biodeterioração são as falhas nas construções por meio de fungos, bactérias e outros organismos que interagem com o concreto”, explicou. A mestranda destacou ainda que para o diagnóstico, terapia e prevenção, sejam efetivos, é necessário uma equipe transdisciplinar.

A conferência principal da aula inaugural foi ministrada pelo professor da Universidade de Estadual Londrina Gilberto Carbonari. O painelista iniciou sua explanação fazendo o que chamou de sessão remember , contato sua trajetória como estudante nesta universidade. “Cresci na Unisinos, e não só profissionalmente”, afirmou. Gilberto contou que iniciou sua graduação com 17 anos e 1,48 de altura “Nos primeiros dois anos cresci 22 centímetros”, disse. O professor mostrou fotos antigas e o seu diploma de engenheiro civil. “Olhem só, minha média final foi 7,77, e fui o terceiro melhor da turma”, relatou de forma bem humorada, ao lembrar que o curso era chamado de funil, muitos entravam, mas poucos se graduavam.

Gilberto apresentou obras importantes em todo mundo, que são exemplos de durabilidade e tecnologia nas construções. Destacou a Usina de Itaipu como referência mundial de engenharia e também mostrou acidentes fatais causados por construções mal feitas. “Nós temos dois mundos na engenharia, de um lado se faz maravilhas, de outro, atrocidades”, destacou o professor, que afirmou que aspectos preventivos podem minimizar patologias.

Confira entrevista sobre o tema da aula inaugural com Gilberto Carbonari produzida pela TV Unisinos.

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