Museu da História Geológica do Rio Grande do Sul é contemplado com edital para ampliação

Crédito: Rafael Casagrande

Localizado no campus São Leopoldo, o Museu da História Geológica do Rio Grande do Sul (MHGEO) foi inaugurado no dia 31 de julho de 2006. Criado pelo colegiado do curso de Geologia e liderado pela professora Tânia Dutra (hoje aposentada), o museu nasceu com o objetivo de dar ênfase aos aspectos geológicos do Estado. O local é vinculado ao Laboratório de História da Vida e da Terra (Lavigaea) e nele é possível acompanhar a linha do tempo e a evolução geológica do Rio Grande do Sul, tudo isso através de vitrines que exibem a exposição temática e permanente.

O acervo do MHGEO conta com cerca de 13 mil fósseis e materiais de rocha, peças coletadas ao longo dos anos e vindas especialmente de pesquisas do curso de Geologia, como TCCs, pesquisas de iniciação científica, mestrados, doutorados e outras. Todo esse conjunto explicita a grande variedade geológica e paleontológica do Estado, que conta com um grande número de espécies fósseis encontradas localmente ano após ano.

Recentemente, o museu ganhou um edital para ampliação e manutenção através do CNPq. A organização do MHGEO busca utilizar a quantia para a revitalização e manutenção do local. Rodrigo Horodyski, professor da Escola Politécnica e curador do museu, explicou que o projeto conta com a compra e a manutenção dos equipamentos de segurança, ar-condicionado e desumidificadores, que são essenciais para manter os fósseis intactos. A revitalização dos sítios geológicos didáticos, que se encontram ao lado do museu e são úteis para explicar aos visitantes um pouco mais sobre os fósseis, também está incluída na lista do que deve ser feito.

Crédito: Rodrigo Horodyski

Além de restaurações mais simples, como pinturas internas e reformas nas vitrines, a equipe do museu quer também trazer acessibilidade ao local. Contando com sons no museu, vídeos em braile e réplicas de fósseis para que os visitantes possam tocar, os funcionários buscam uma imersão maior para deficientes visuais. A gamificação também é um ponto tocado e deve estar presente a partir de tecnologias como a do Kinect, que permitirá que crianças possam brincar sendo dinossauros por um tempo. Material 3D com óculos e retroprojetores de alta resolução também estão no projeto.

As grandes estrelas, contudo, são os novos fósseis que serão adquiridos. Réplicas de fósseis dos dez maiores vertebrados mais importantes do Rio Grande do Sul estarão presentes, assim como de mamíferos antigos da época dos dinossauros. Rodrigo explicou um pouco sobre a importância de ter um acervo com essas peças: “A gente tem aqui no Rio Grande do Sul sítios fossilíferos de extrema importância nas geociências e nas biociências. Esses depósitos que marcam a origem da vida dos dinossauros. Então, ter esse material como réplicas no nosso acervo consagra essa importância”.

A ideia é que essa revitalização e compra de novas peças possa ajudar na divulgação científica que a equipe do museu busca fazer. Um trabalho que os membros do MHGEO já realizam ao receber, por exemplo, cerca de cinco mil estudantes por ano no local.

Se você se interessou pelo local, pode realizar uma visita ao museu. O Museu da História Geológica do Rio Grande do Sul se encontra no campus São Leopoldo da Unisinos e está aberto segundas, terças, quintas e sextas das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 19h00 e nas quartas das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 20h30. Para escolas e público geral é possível realizar um agendamento de visita no site: www.unisinos.br/mhgeo.

A entrada é gratuita.

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