Campus São Leopoldo recebe estação de monitoramento do IBGE

Alunos poderão baixar dados para uso em projetos e em atividades de sala de aula

Crédito: Rodrigo W. Blum

A Unisinos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE disponibilizou a infraestrutura necessária para operação de uma estação que será referência na obtenção de observáveis para a região. Dessa forma, a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas (RBMC) contribuirá de maneira mais efetiva nos estudos climáticos nacionais e globais, georreferenciamento de imóveis rurais, controle de frota viária, aérea e marítima.

A parceria entre a Universidade e o IBGE iniciou há um ano, por intermédio do professor da Escola Politécnica, Mauricio Veronez, na época supervisor técnico do Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia Digital (Laserca). “O Laserca possuía uma estação de monitoramento RTK Trimble 4000 SSE, instalada em 1994. Mas, como não era oficial, captava apenas informações transmitidas por satélites constelação GPS, que eram utilizadas apenas internamente. Com a parceria do IBGE, o Campus São Leopoldo recebeu uma nova estação de monitoramento Trimble NetR9 que capta satélites das constelações GPS, GLONASS, GALILEO, Beidou e SBAS; cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando a RBMC como uma das redes mais precisas do mundo”, explica Millena Nhoatto, responsável pelo Laserca.

A antiga estação de monitoramento GNSS já era utilizada por pesquisadores da área de Geodésia da Unisinos. A nova estação, integrada com a RBMC, seguirá sendo utilizada nas pesquisas e os dados estarão disponíveis para serem usados por toda a comunidade acadêmica. “Os cursos beneficiados pela parceira são principalmente: Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Engenharia Civil, Arquitetura, Engenharia Ambiental, Engenharia Agronômica e Biologia, além de cursos de pós-graduação, que poderão utilizar os dados em disciplinas de Topografia, Geodésia, Ajustamento de Observações e Geoprocessamento. Os alunos poderão baixar os dados gratuitamente para uso nos projetos e em sala de aula, já que a Universidade conta com infraestrutura adequada para processar os dados”, comenta Diego Drum, responsável pelo laboratório Geomensura.

Os dados obtidos pela nova estação são disponibilizados diretamente pelo site do IBGE com data retroativa e podem ser acessados e usados pelo público em geral. Sua principal finalidade é o ajustamento de informações coletadas em campo para melhorar a precisão dos levantamentos topográficos e georreferenciamento de imóveis urbanos e rurais. O material já está disponível para download no Banco de Dados Geodésicos.

Sobre a RBMC

A Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (RBMC) dos Sistemas GNSS (Global Navigation Satellite Systems) é um conjunto de estações geodésicas, equipadas com receptores GNSS de alta precisão. Esses equipamentos proporcionam, uma vez por dia ou em tempo real, observações para a determinação de coordenadas.

Cada estação opera de maneira contínua e totalmente automatizada. As observações são organizadas ainda na memória do receptor, em arquivos diários, correspondendo a sessões que iniciam às 00h01 e encerram às 24h00, Tempo Universal Coordenado, com intervalo de rastreio de 15s registando todas as observáveis rastreadas das constelações: GPS, GLONASS, GALILEO, Beidou e SBAS. As coordenadas das estações da RBMC são componentes importantes na composição dos resultados finais dos levantamentos topográficos e/ou geodésicos a elas referenciados. A grande vantagem da RBMC é que todas as suas estações fazem parte da Rede de Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas), cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como uma das redes mais precisas do mundo.

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