Alunos da Unisinos no Innovation Research Lab

O projeto Improving Life Conservation, dos estudantes de Graduação em Engenharia de Materiais, foi finalista em evento, na Alemanha

O Projeto de dois alunos da Graduação em Engenharia de Materiais da Unisinos foi finalista do Innovation Research Lab – IRL2015, no dia 3 de setembro, em Erlangen, na Alemanha. Durante o evento, Juliana Hoch e Eduardo Rodrigues apresentaram o projeto Improving Life Conservation. A feira aconteceu no Medical Valley.

“Poder apresentar o projeto e dividir nosso sonho com profissionais que são referência é incrivelmente inspirador. Além disso, ter a possibilidade de conhecer outros estudantes, que também estão lutando para melhorar sua realidade nos dá ainda mais forças para seguir lutando para realizar nosso sonho”, diz Juliana ao destacar a importância de participar do evento em um ambiente com muitos incentivos e possibilidades.

O gerente da UNITEC, Carlos Aranha, destaca a importância dessa participação para o posicionamento da Unisinos em ser reconhecida como uma universidade global de pesquisa e para o Tecnosinos e Unitec em ter startups e empresas com estratégias de internacionalização. “Para os alunos, a participação na IRL2015 agregou muito em experiência internacional, networking e conhecimento, pois puderam trocar experiências com os mais conceituados atores no segmento em que eles atuam”, completa.

O projeto dos alunos começou a ser desenvolvido em 2011, na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha. Eduardo conta que a ideia surgiu depois que eles assistiram a uma reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo. A matéria abordava o sistema de transplantes do Brasil, as diversas dificuldades enfrentadas pelos hospitais e as falhas no sistema. Eles decidiram investigar onde poderiam ajudar a melhorar a situação, como técnicos em química.

“Foi aí que descobrimos que muitos órgãos eram descartados por problemas de infraestrutura e conservação. Ou seja, temos órgãos disponíveis para transplantar, mas não tínhamos estrutura para não perder estes órgãos. E como resultado, a fila de mais de 70 mil pessoas na espera só aumenta. Melhorar esse quadro foi o nosso objetivo inicial”, afirma o estudante.

Ele ressalta que para manter o órgão é preciso de líquidos conservantes. “Esses líquidos são caros em função do seu princípio ativo, o ácido lactobiônico. Através da nossa solução, desenvolvemos um processo que reduz o custo do ácido pela metade. E por consequência, o custo dos líquidos conservantes também”, afirma Eduardo.

Mas, para chegar até essa solução, os alunos encontraram algumas dificuldades. Juliana conta que foi bem difícil realizar a compra do ácido, o processo é bastante burocrático e demorado. Depois disso, eles ainda precisavam realizar as análises necessárias. “Conhecemos apenas um laboratório no Brasil que possui o equipamento que precisamos, e esse processo despendeu muito tempo e esforço para que fosse realizado”, explica a aluna.

A professora de Graduação em Engenharia de Materiais, Tatiana Rocha, acredita que todo esse esforço pode colaborar para um aumento na questão de transplantes de órgãos em função da redução do custo desse processo. “Com a consolidação e implementação no mercado do projeto Improving Life Conservation pode-se esperar uma melhoria significativa na área da saúde, no que tange a questão de conservação de órgãos para transplantes”, afirma.

Tatiana conta que a Unisinos acreditou no potencial dos alunos e no projeto. Dessa forma os dois estudantes receberam bolsas de estudos para cursarem a Graduação. “Hoje eu e a Juliana estudamos na Unisinos sem pagar uma cadeira, graças à pesquisa. Além disso, a professora Tatiana como coordenadora do nosso curso, apadrinhou a pesquisa e tem acompanhado desde então a nossa trajetória ajudando no possível dentro da universidade”, destaca Eduardo.

A partir disso, o projeto possibilitou a conquista de muitos prêmios pelos colegas. Em 2011, ganharam o Prêmio Vilage e a patente do projeto paga, além da menção honrosa da Unesco pela promoção da paz e desenvolvimento. No ano seguinte, o 3º lugar na Intel ISEF, considerada a maior feira de ciência e tecnologia do mundo e o reconhecimento da Sociedade Americana de Química. Em 2013, o 2º lugar dos projetos internacionais na CASTIC, na China e no ano passado, foram finalistas do prêmio Santander Empreendedorismo.

Já visando o futuro, os colegas estão de olho nas possibilidades de mercado. “Esperamos poder realizar este sonho, de reduzir o custo dos transplantes de órgãos e diminuir a fila de espera através da concretização da nossa empresa. Este era nosso objetivo em 2011 e continua sendo até hoje. Melhorar a situação dos transplantes, conscientizar pessoas e salvar vidas”, conclui Eduardo.

A Graduação em Engenharia de Materiais da Unisinos aborda os princípios básicos que sustentam a área, as atuais tendências dos variados tipos de materiais e as diferentes aplicações na indústria. O engenheiro de materiais tem uma formação multidisciplinar. Confira informações sobre o curso na página da Graduação em Engenharia de Materiais da Unisinos.

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