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Engajar é preciso

Engajar é preciso

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Setembro 28, 2020

Engajar é preciso

A ideia de cenários está geralmente conectada a uma entre duas visões: a compreensão de possibilidades futuras, e o veículo para testar alternativas antes de implementar soluções.

Para os estudantes, a necessidade de desenvolver tarefas disponibilizadas em plataformas virtuais é um processo diferente do que estão acostumados, e no contexto atual, onde o espaço e o tempo assumem dimensões distintas, a motivação dos alunos para responder as atividades propostas é em geral menor.

Entretanto, a resposta é termos as nossas tradicionais aulas expositivas mediadas pelas plataformas?

Nos últimos anos desenvolvemos pesquisas para avaliar o engajamento dos alunos em seu processo
de aprendizagem nos ambientes presenciais. O que percebemos a partir dos resultados destas pesquisas é que o espaço importa, mas para o aluno o professor é quem inspira, motiva e conecta.

O momento que estamos vivendo remete a ideia de aprendizagem remota (termo que ouvi no seminário proposto pelo Teaching System lab do MIT: Remote Learning Guidance from State Education Agencies During the COVID-19 Pandemic: A First Look) e nesse ambiente, em que precisamos na realidade incentivar o aluno a um processo de aprendizagem processual, remotamente, o papel do professor em suas aulas síncronas envolve também engajar e motivar.

Mais do que entregar todo o conteúdo, precisamos nos conectar com os alunos e desenvolver neles a motivação para a realização das suas atividades.

Apresentar slides, como se estivéssemos em uma aula tradicional expositiva, provavelmente não vai impactar os estudantes no que eles mais precisam neste momento. Temos sim que trazer conteúdos para o debate, mas seria mais interessante se os conteúdos estivessem relacionados com o momento que vivemos. Da mesma forma, precisamos ouvir os alunos para além das questões especificas da disciplina ou componente curricular que estamos trabalhando.

Mas como gerar empatia? Ações pontuais, como chamar os alunos pelo nome, ou mesmo fazer uma enquete antes de cada encontro via chat, para que os estudantes, por exemplo, escolham o pano de fundo atrás do professor (quando a plataforma permite isso), são formas simples de aproximação e de conexão.

Estamos todos nos reinventando e temos sim que dar conta dos conteúdos e do currículo. Mas precisamos lembrar que os mesmos se desenvolvem para além do encontro que temos com os alunos. Assim, nossa atividade síncrona é um elemento processual conectado as diferentes formas de construção do conhecimento em tempos de aprendizagem remota.

Autor: Prof. Dr Gustavo Borba

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