Programa BRDE Labs vai acelerar startups para a retomada da economia após Covid-19

Programa BRDE Labs vai acelerar startups para a retomada da economia após Covid-19

Crédito: Divulgação

O cenário de incerteza provocado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) deixou a maioria das empresas apreensivas. Com a restrição da circulação para tentar controlar o contágio tivemos uma forte queda no consumo, nos mais variados setores. De acordo com a Secretaria Estadual da Fazenda, o impacto gerado na economia gaúcha apresentou queda significativa entre os dias 16 de março e 17 de abril, em comparação com o mesmo período de 2019. Por exemplo, a soma do valor médio das notas fiscais eletrônicas diárias teve queda de 18,8%. São cerca de R$ 400 milhões que deixaram de circular na economia.

Este ambiente turbulento de instabilidade nos coloca diante de um grande desafio: como criar soluções para a retomada da economia gaúcha após o pico da doença? A resposta para esta pergunta pode estar nos ecossistemas de inovação e as startups, que nascem com o propósito de desenvolver e testar novos produtos e modelos de negócio em ambientes de extrema incerteza. Com o objetivo de gerar inovação para a retomada da economia gaúcha, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, acaba de lançar o Programa BRDE Labs. As inscrições estão abertas até 31 de maio, por meio do site da acelaradora Ventiur (www.ventiur.net/brdelabs). Dentre as atividades de sensibilização e divulgação, serão realizados eventos online (lives) com sociólogos, economistas e outros profissionais, gerando insights de como será o comportamento do consumidor no cenário pós-Coronavírus: novas necessidades e demandas; novos problemas a serem resolvidos. O objetivo é selecionar startups em fase de validação e início de crescimento que ofereçam soluções inovadoras para este novo cenário, em especial para o BRDE e seus clientes. Serão priorizados pelo programa os seguintes setores: Agronegócio; Saúde; Indústria 4.0; Internet das Coisas (IoT); Tecnologia da Informação; Energia; Educação; Logística e Meio Ambiente.

A diretora do Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, Susana Kakuta, entende que a seleção da Aliança para Inovação em parceria com a VENTIUR representa uma enorme oportunidade de tracionar o processo de inovação dentro do BRDE. “Existe uma mudança tremenda em curso, mexendo diretamente no modo de fazer negócios no setor bancário. Esta transformação em organizações consolidadas, como é o caso do BRDE, precisa e deve ser realizada com segurança e necessária ousadia. Isto é inovar, nosso dia a dia”.

“O BRDE atua fortemente no fomento à inovação por meio de financiamento direto ou participação em fundos de investimento. Essas iniciativas, porém, se destinam a empresas mais consolidadas. Com o BRDE LABS, pretendemos alcançar empreendedores em estágio inicial, que ainda não estão prontos para receber aportes de um fundo ou mesmo um financiamento”, esclarece Mauricio Mocelin, superintendendente do BRDE no Rio Grande do Sul. “Outros aspectos importantes do BRDE LABS são a mentoria dos técnicos do banco na área administrativa-financeira, por exemplo, e a aproximação dos empreendedores com nossos clientes que têm interesse nos produtos ou serviços que serão desenvolvidos ao longo do Programa. Dessa forma, acreditamos que o BRDE dará mais uma importante contribuição para o fomento à inovação e ao empreendedorismo no Estado”, avalia Mocelin.

Para o fundador e diretor executivo da VENTIUR, Sandro Cortezia, o programa é um marco para o ecossistema de inovação do RS: “O BRDE Labs se antecipa ao promover o apoio de novos negócios em áreas prioritárias para o Estado, preparando-o para o cenário pós-crise”. Cortezia destaca ainda o grande diferencial que o arranjo montado pelo BRDE, ao selecionar uma aceleradora e as três principais universidades do Estado.

Rui Oppermann, Reitor da UFRGS e membro do Comitê Estratégico da Aliança para Inovação (com os Reitores Ir. Evilázio Teixeira da PUCRS e Pe. Marcelo Aquino da Unisinos), afirma que o retorno à normalidade será para uma nova realidade, isto é, não será simplesmente continuarmos a fazer aquilo que paramos de fazer no início da pandemia. “A sociedade estará aberta e necessitando de soluções inovadoras que atendam suas expectativas a partir da experiência transformadora que a pandemia nos impôs. Sem dúvida, haverá uma grande oportunidade para propostas inovadoras no campo social e econômico, que devem contribuir para promover a qualidade de vida em bases sustentáveis”, destaca Oppermann.

Já Rafael Prikladnicki, diretor do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), ressalta que é muito importante uma iniciativa como a do BRDE Labs e da Ventiur e a parceria dos três parques tecnológicos. “O mundo mudou, e neste sentido entendemos que ações como esta são extremamente bem-vindas para potencializar as ideias que podem surgir para contribuir com nosso Estado durante e depois da pandemia”, explica.

Segundo Marcelo Lubaszewski, diretor do Parque Zenit da UFRGS, os ingredientes de inovação e conhecimento estão reunidos no BRDE Labs e serão potencializados na parceria da Ventiur com o Tecnopuc, o Tecnosinos e o Zenit. “O enfrentamento da crise sanitária só vem confirmando o que, de fato, já sabíamos. Só a inovação com sólida base no conhecimento pode nos ajudar a superar problemas complexos, como os que estamos vivendo, e garantir a retomada do crescimento econômico.”

As startups que se inscreverem no programa passarão por uma avaliação criteriosa, com entrevistas e desafios online. Ao final da etapa de seleção, serão escolhidas 10 startups para participarem do processo de aceleração, conduzido pela VENTIUR, durante um período de 4 meses (agosto a novembro). Espera-se que pelo menos parte dessas atividades possam ser realizadas de forma presencial, em Porto Alegre. As startups do interior do Estado receberão ajuda de custo para deslocamento, estadia e alimentação. No final do programa as três melhores startups receberão uma premiação do BRDE, além da possibilidade de receber investimento adicional da rede de investidores da VENTIUR e/ou fundos apoiados pelo banco.

SOBRE A VENTIUR:

A VENTIUR é uma sociedade anônima de capital fechado, fundada com a missão de apoiar e assessorar executiva e financeiramente projetos de empresas nascentes de base tecnológica (startups). Foi a primeira aceleradora de startups do Estado, iniciando as operações em 2013. Desde 2014 é uma das Aceleradoras qualificadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) no Programa Startup Brasil. Em 2017, foi também qualificada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) no Programa Conexão Startup Indústria. Até o momento prospectou e avaliou diretamente mais de 2000 startups, pré-acelerou 166 projetos na etapa de Warmup e acelerou 45 startups.

Como caso de sucesso, destaca-se a venda da startup Devorando para o iFood, em 2016. Das startups que estão atualmente no portfólio, cerca de 30% receberam novas rodadas de investimento público ou privado. No total, foram captados com o apoio da aceleradora cerca de R$ 20 milhões.

SOBRE A ALIANÇA PARA INOVAÇÃO:

A Aliança para Inovação é uma articulação entre UFRGS, PUCRS e UNISINOS, que tem por objetivo potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento. Um trabalho conjunto das três universidades que tem na visão de futuro a construção de um ecossistema mais acolhedor, melhor para empreender e viver. Além de oferecer oportunidades inovadoras para formar e atrair talentos, o movimento de mudar a região, visa engajar a sociedade, além de outras instituições, poder público, empresas e associações.

Mais informações:

Sandro Cortezia: Fundador e CEO – (51) 9 9191 72 62 – site: ventiur.net

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