Casos inspiradores são pauta de evento da Aliança para Inovação em Porto Alegre

Iniciativa foi promovida pela UFRGS, PUCRS e UNISINOS

Crédito: Rodrigo W. Blum

Exemplos de inovação que são fontes inspiradoras para a capital gaúcha. Esta foi a temática do evento promovido pela Aliança para Inovação em Porto Alegre, que conta com o trabalho conjunto entre UFRGS, PUCRS e UNISINOS. Com uma grande presença de público interessado pelo tema, a ação, aberta ao público, ocorrida nesta quarta-feira, dia 4 de julho, foi realizada no Teatro da UNISINOS, em Porto Alegre.

Na abertura do evento, os reitores reforçaram a proposta de colaboração da Aliança. Segundo o reitor da UNISINOS, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, a iniciativa é um compromisso com a comunidade gaúcha: “vamos unir a inovação, encontrar os pontos de contato e tornar uma sociedade mais feliz, contemplando as futuras gerações de líderes, como nossos filhos e netos”. Para o reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann, é a possibilidade da capital se transformar não só apenas industrialmente ou tecnologicamente, mas como também na forma de viver. Já o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, enfatizou que a sociedade deve conciliar as suas diferenças e atuar de maneira alinhada e cooperada. “Chegou a hora de termos ousadia e construir um ecossistema global de inovação, com forte visão de atuação internacional”, frisou.

O pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da UNISINOS, Alsones Balestrin destacou a importância dos três reitores, UNISINOS, UFRGS e PUCRS, estarem reunidos dentro de um projeto de cooperação para trabalhar de forma colaborativa em prol de termos uma cidade melhor. “É um evento muito significativo para a cidade de Porto Alegre, com as três universidades criando a Aliança para Inovação e colocando o Pacto de Porto Alegre como um de seus projetos. O Pacto tem o marco inicial hoje com a metodologia do professor Piqué, que tem uma experiência internacional no desenvolvimento de ecossistemas de inovação e com o apoio e a parceira da prefeitura e de todas as outras entidades que pensam inovação”, completou.

Também presente no encontro, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, reforçou a importância do apoio da área acadêmica e dos empresários, dedicando os seus recursos humanos e financeiros para apoiar o poder público. “Vamos participar e se envolver nessa inovação junto com vocês”, disse.

Casos de Barcelona e Medellín

O presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos (IASP), Josep Piqué, detalhou como foi o 22@ Barcelona, realizado pela prefeitura local, considerado o projeto mais importante de transformação urbana da cidade espanhola nos últimos anos e um dos mais ambiciosos da Europa, com alto potencial imobiliário e renovação total das infraestruturas públicas do local. Por dois anos, Barcelona foi considerada a capital europeia da inovação.

“Sem o empreendedorismo, não ocorrerá a inovação produtiva. A cada ano, são cerca de mil startups criadas em Barcelona. Dessa maneira, conseguimos desenvolver uma cultura empreendedora”. O presidente da IASP enfatizou que, por meio do El Gran Pacto Por La Innovacion, foi possível criar um mecanismo para articular um conjunto de projetos, aliando talento, tecnologia e internacionalização.

“Talento e tecnologia são os mecanismos para produtividade, competitividade e empregabilidade. É preciso descobrir aonde está o talento e inseri-lo no ecossistema. Além disso, é preciso constituir um encontro entre grandes agendas de universidades, empresas e governo, compartilhando os seus desafios econômicos e sociais”, salientou.

No caso de Medellín, na Colômbia, Piqué lembrou a situação delicada que vivia a cidade, com o domínio do cartel, se tornando uma das mais inovadoras do mundo. “Entendemos os problemas locais e foram criados instrumentos para promover a inovação por meio da participação das principais instituições locais em distritos”, completou.

Inovação catarinense

A professora do Departamento de Engenharia do Conhecimento (EGC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Clarissa Stefani Teixeira, mostrou que existe um modelo de inovação a ser seguido no Brasil. Segundo a professora, foi feito uma espécie de “mapeamento de CPFs”, ou seja, foram detectadas informações relacionadas à quantidade de instituições, como estavam posicionadas, as suas conexões, entre outras. “A partir disso, precisamos achar uma forma de como se comunicar e fortalecer esse ecossistema. O interessante é que nesse acordo não foi pedido às instituições algo diferente do que estavam fazendo e sim verificar o que já tínhamos de ciência e tecnologia. A proposta era como realizar os trabalhos de forma conjugada”, comentou.

Com base no modelo de ativação regional, inspirado no que foi realizado por Josep Piqué, em Barcelona, foi concebido o Pacto pela Inovação, um movimento de colaboração, que conta a presença de 295 prefeituras pactuadas.

Em Santa Catarina, as instituições pactuadas estão divididas em quatro grupos de trabalho: conhecimentos e talento, acesso ao capital e atração de investimentos, infraestrutura e redes de colaboração. É utilizado um sistema de acompanhamento de projetos similar ao usado em Barcelona, via o observatório da indústria catarinense.

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