High Level desenvolve projeto de inovação em parceria com a Randon Implementos

Software para sequenciamento de produção vai otimizar processos no setor industrial

Crédito: Divulgação

Inteligência artificial, computação em nuvem e internet as coisas (IoT) são termos que começam a fazer parte do cotidiano da indústria, um dos setores mais tradicionais da economia. É a chamada Indústria 4.0. Para permanecerem competitivas e explorar novas oportunidades na economia do futuro, grandes empresas precisam se reinventar. E, principalmente, inovar. Uma vez que este é um elemento presente no DNA das startups de base tecnológica, a cooperação entre essas duas vertentes é fundamental. Instalada no Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos, a High Level Software, que atua com serviços de desenvolvimento em SAP e de produto APS (sequenciamento de produção) baseado em algoritmos próprios de machine learning, é um exemplo dessa integração. Recentemente a startup fechou uma parceria com a Randon Implementos.

De acordo com o CEO e analista de sistemas da High Level Software, Leandro Mengue, o projeto possui três etapas: A primeira fase, realizada entre agosto de 2020 e janeiro de 2021, foi de implantação do Optimus, um software APS capaz de atuar no planejamento, sequenciamento e otimização de ordens de produção. Atualmente o projeto está na segunda fase, que segue até junho, onde estão sendo realizadas as avaliações da implantação e desenvolvidas novas funcionalidades, dentro das necessidades da Randon Implementos. A terceira fase será realizada entre julho e outubro.

O analista de Logística e Gestão de Projetos da Randon Implementos, Patrick Cemin, ressalta que o projeto começou a ser pensado em 2019. “Sentimos a necessidade de uma digitalização do nosso processo de PCP. Pesquisamos diversas soluções existentes no mercado. Como a High Level Software estava em contato com a Randon Ventures, unidade de investimentos e aceleração de startups das Empresas Randon, fizemos uma aproximação. Após uma avaliação técnica, optamos por desenvolver a solução em parceria com a startup”.

Mengue aponta como diferenciais do sistema o fato de ser um software SAAS. “Apesar do SAAS de forma geral não ser uma novidade, para o segmento industrial ainda é, principalmente na área de APS com otimização. Assim como eles estão inovando, chamando uma startup para fazer uma solução complexa, também estamos propiciando que eles tenham espaço para desenvolver novas funcionalidades, deixando a solução cada vez mais aderente”.

A partir do uso de inteligência artificial, o Optimus aloca as ordens de produção para cada máquina, no seu devido tempo. Um painel visual possibilita que as ordens de produção sejam otimizadas, permitindo agilidade no processo. Mengue destaca que, na análise de setup, houve uma redução de 14%. “Minimizar o tempo de programação da máquina é bem relevante, uma vez que este é um período perdido. Por exemplo, se eu preciso produzir cinco peças vermelhas, quero que elas sejam feitas na sequência. Em termos de produção, este é um valor bem significativo”.

Para Cemin, a integração de tecnologias APS e SAP, além da otimização de sistema com machine learning foram pontos importantes para a escolha da parceria. “Possuímos uma volumetria de dados de informação muito grande. Muitas vezes, precisamos esperar horas em alguns processamentos de dados do nosso ERP. Com o software da High Level, esse tempo reduz para questão de minutos. Este projeto é uma inovação não só de tecnologia, mas de conceito”, destaca.

CONHEÇA A HIGH LEVEL SOFTWARE

A High Level Software foi criada em 2016, quando os sócios Leandro Mengue e Ricardo Hoffman decidiram unir esforços e o conhecimento de 20 anos de experiência em SAP e desenvolvimento de sistemas na área industrial. Ambos trabalharam juntos na STIHL, onde desenvolveram vários projetos, ligados à área de produção. No final de 2015, estruturaram o projeto de criação da High Level Software, que atuaria na área de desenvolvimento em SAP e na área de otimização de produção, com um produto APS baseado nos algoritmos de machine learning que desenvolveram. O projeto foi aprovado para incubação na Unidade de Inovação e Tecnologia – Unitec em 2015 e, em abril de 2016, a empresa foi constituída oficialmente. Atualmente a startup, que trabalha em sinergia com dez clientes no mercado industrial, é graduada pela Unitec.

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