Celebração do Dia da Consciência Negra

Evento aconteceu no campus Porto Alegre

Crédito: Arthur Woltmann

Na última segunda-feira, 20, aconteceu no campus Porto Alegre, promovido pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – Neabi, a Celebração do Dia da Consciência Negra. O evento contou com a participação do jornalista e escritor, Antônio Carlos Côrtes; do doutorando no Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e mestre em Economia Aplicada, Edilson Nabarro; do professor do curso de Educação Física, José Anchieta; e do reitor da Unisinos, Pe. Sergio Mariucci.

Crédito: Arthur Woltmann

Jorge da Silva, coordenador do Neabi, conta que o evento serviu para a reflexão de onde vêm as desigualdades e como chegamos até aqui. “Temos uma história de 500 anos de povos que foram sequestrados e trazidos para o continente americano, e essas histórias são esquecidas. O nosso papel é o de ressignificar tudo o que foi escrito sobre essa população. Nós estamos onde estamos porque todos os povos construíram o Brasil. Precisamos não só reescrever a história de cada povo, mas dar a devida importância a cada uma”.

Durante a mesa redonda, Anchieta fez a mediação dos convidados e apresentou uma dinâmica com um método de ginástica afro-brasileira chamada Batucalê, que utiliza luvas acústicas na participação do público. Expressão corporal e musicalidade negra nas mãos de todos.

Crédito: Arthur Woltmann

Para Antônio Côrtes, a Academia como local intelectual, científico, educativo e político não pode se distanciar de direitos humanos. “É preciso ajudar a combater os 500 anos de colonialismo, escravização de povos negros e indígenas. Não são exóticos, mas fundamentais para políticas públicas nas academias. Descolonizar ciências com outra visão de mundo. Não podemos ficar só com olhar europeu sem enxergar saberes da África, Ásia e Américas. É preciso enfrentar métodos que superem a intolerância, diminuindo a desigualdade. Combater o racismo é reconhecer e acatar o respeito, com ênfase na diversidade de outros olhares, dialogando com as necessidades e desejos comuns. Nós negros ainda lutamos para ser incluídos com a nossa cultura em várias matizes”, declarou.

Em sua fala, Pe. Sergio destacou o privilégio em participar do evento e aprender com pessoas que são tão doutas. “A Unisinos teve início em 1969, e está em São Leopoldo, uma cidade que está para celebrar os 200 anos da imigração alemã. É importante para a nossa universidade compreender quais os elementos que constituem a nossa identidade, não se pode falar da identidade da Unisinos sem falar da ancestralidade do povo afro-brasileiro e dos povos originários”, afirmou o reitor.

Crédito: Arthur Woltmann

Jorge também falou sobre o importante papel da Unisinos e do Neabi. “Uma vez que temos o desafio de promover o conhecimento, a Unisinos, que é uma das melhores universidades do país, dialoga com as comunidades em que está inserida através da extensão. O coordenador do Neabi pontuou a importância de o Núcleo ter sido levado até o campus de Porto Alegre, o que possibilitou uma

aproximação com o Quilombo da Família Silva, o primeiro Quilombo urbano do Brasil, e o Quilombo da Kédi. Para saber mais sobre o Neabi, clique aqui.

Crédito: Arthur Woltmann

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