Do lado da lei

Programa de Práticas Sociojurídicas – PRASJUR

Crédito: Rodrigo W. Blum

Direcionado à população que necessita de assistência jurídica gratuita, o Programa de Práticas Sociojurídicas (Prasjur) constitui-se em espaço de formação profissional para a realização de estágios curriculares nas áreas do Direito Civil, Penal, Juizado Especial Cível e Serviço de Mediação na Comarca de São Leopoldo. O trabalho é realizado por alunos e professores dos Cursos de Direito, Serviço Social e Psicologia, que atendem às pessoas que procuram o programa em busca de soluções para conflitos ou ajuizamento de ações judiciais.

Ana Eli, filha de dona Reinilda e seu Amaro, é uma das beneficiadas pelas atividades do programa. Ana e seus pais recebem atendimento jurídico do Prasjur e contam como o projeto mudou suas vidas. “São quase dez anos de contato com a equipe, seis processos vitoriosos e mais dois tramitando. Para nós o Prasjur foi uma bênção de Deus”, declara Ana, ao iniciar o relato de sua história, em busca de medicamentos para o tratamento médico do pai. “Quem procurou o projeto primeiro foi minha mãe, em 2005, lá na antiga sede da Unisinos”, relembra. “Ela pegou o barco andando, eu já tinha colocado alguns processos na justiça quando a Ana assumiu”, complementa dona Reinilda.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A luta de Ana é para conseguir na justiça os remédios de uso contínuo que seu Amaro precisa tomar. Aos 87 anos, ele necessita de medicamento para problemas cardíacos, pulmonares, próstata, bem como vitaminas, fraldas geriátricas e o mais caro, e vital, entre os medicamentos – o remédio para o tratamento do Mal de Alzheimer, uma doença que atinge a memória e desestrutura o ambiente familiar. “Neste ano de 2013 a gente conseguiu ganhar tudo que precisou”, comemora.

Segundo Ana, houve um momento em que o remédio para Alzheimer foi cancelado, com um laudo alegando que a doença estava muito agravada. “Nós não desistimos e hoje voltamos a receber o benefício”, desabafa aliviada. Durante o tempo em que não recebia o remédio, Ana ia aos consultórios médicos e pedia amostra do medicamento e quando não conseguia, dava um jeito de comprar um similar, mais barato. “Assim eu ia levando e em novembro de 2013 voltamos a receber a medicação”, finaliza.

Esta matéria foi realizada em meados de 2014, referente ao Balanço Social 2013.

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