Educação, pesquisas e qualidade: problematizando o produtivismo

Aula magna faz parte da programação de atividades da XVI Semana Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação

Crédito: Divulgação

Na manhã desta terça-feira, 04 de abril, aconteceu a aula magna do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos, no Auditório Maurício Berni. O evento teve como convidada a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Maria Manuela Garcia, que falou em sua palestra sobre educação e qualidade, e problematizou a exigência do produtivismo.

Antes de iniciar a aula magna a professora Maria Cláudia Dal’Igna leu uma carta da coordenadora do PPG em Educação, Eli Terezinha Fabris, que não pôde participar do evento. Em seguida, a diretora adjunta da Unidade Acadêmica de Pós-Graduação, Dorotea Kersch falou sobre a importância da nota 7 para o PPG e Educação. “Esse Programa nunca teve nota 5. Saltou de 4 para 6, e depois de três vezes seguidas com 6, conseguiu o tão buscado 7. Com um corpo docente enxuto, mas atento aos dois pilares da universidade: excelência acadêmica e sustentabilidade”, destacou.

A decana da Escola de Humanidades, Maura Corcini Lopes, também fez uso da palavra e questionou o que entendemos por humanidade no tempo que vivemos? “Quero imprimir o ethos do coletivismo na Escola de Humanidades”, afirmou. O evento teve transmissão ao vivo para a FEST – Faculdade de Educação Santa Terezinha, do Maranhão e para URI, de Frederico Westphalen, que são instituições parceiras da Unisinos nos cursos de Minters e Dinters.

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Manuela iniciou a aula magna dizendo que o tema da palestra é extremamente amplo, e que o foco da sua fala está em como a qualidade é vista pelo discurso das políticas oficiais, indo dos Programas de Pós-Graduação até a Educação Básica. “O eixo que escolhi foi a qualidade na pesquisa e na educação sob a óptica das políticas educacionais oficiais. A exigência do produtivismo com redução de prazos para mestrados e doutorados, até os índices que avaliam as escolas de base, como o Ideb”, explicou.

Segundo a professora a produção é pensada a partir de elementos mais quantitativos do que baseados na qualidade. “O tempo de realização da pesquisa segue uma lógica empresarial, que tomou conta do campo educacional. Com isso, o ideal do intelectual acadêmico, como guardião do pensamento crítico, está mudando para um pesquisador profissional, o chamado “novo intelectual”, um intelectual mais institucional, que atende as demandas”, enfatizou.

Ao final da aula magna teve um momento de lançamento de livros. A XVI Semana Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Educação iniciou em 03 de abril e segue até a próxima quarta-feira, dia 05. As atividades incluem palestras, oficinas e apresentação de pesquisas.

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