A atualização do ensino jurídico frente a novas tecnologias

Professor e doutorandos têm artigo publicado em Livro da OAB/RS sobre o tema

Crédito: Divulgação

Novas tecnologias decididamente fazem parte da sociedade em que vivemos, em um movimento contínuo. Dadas as rápidas transformações, muitos setores da vida contemporânea são obrigados a se reformularem.  O debate sobre a qualificação do ensino jurídico frente às novas tecnologias ganhou amplitude e exigiu respostas rápidas e inovadoras, compatíveis com os problemas que pessoas e organizações geram.

Em agosto de 2017, a OAB/RS lançou o livro Ensino Jurídico no Brasil: 190 anos de história e desafios. Nele, o professor e coordenador do PPG em Direito da Unisinos, Wilson Engelmann, em coautoria com os doutorandos Raquel von Hohendorff e Paulo Júnior Trindade dos Santos assinam o capítulo O ensino jurídico no cenário da emergência das nanotecnologias. O Grupo de Pesquisa JUSNANO, do qual fazem parte e onde foi produzido o texto, desenvolve, desde 2008, pesquisas sobre a responsabilidade com o impacto da escala nanométrica em suas diferentes faces.

“Participar do livro organizado pela OAB/RS é uma excelente oportunidade para mostrar a importância do diálogo entre ensino jurídico e nanotecnologias. E, a partir desta iniciativa, destacar a importância da abertura ao ensino, à pesquisa e à extensão no Direito para os impactos presentes e futuros das novas tecnologias”, afirma Wilson.

Segundo o pesquisador, a nanotecnologia, isto é, a compreensão e a manipulação da matéria na bilionésima parte do metro, é uma das tecnologias que muito desafia o ensino jurídico. Porque os avanços da escala nanométrica são rápidos, os produtos desenvolvidos chegam em nível crescente ao mercado consumidor.  Isso gera efeitos positivos – no sentido do acesso a produtos com características mais inovadoras, mas traz efeitos negativos, como riscos ainda desconhecidos.

Diante disso, o professor reforça a necessidade de que ensino jurídico esteja apto a preparar profissionais das diversas carreiras da área para lidar com riscos, probabilidade de danos futuros e gestão jurídica dos riscos da nanotecnologia.  “O ensino jurídico, para sobreviver e em condição de interagir ativamente com os problemas sociais, precisará utilizar as tecnologias, especialmente as tecnologias de informação. Será necessário ensinar, aprender e avaliar o Direito na era da tecnologia. Por isso, também será imprescindível inovar a forma como ele se estrutura, buscando qualificar o egresso, para que possa resolver problemas complexos”, defende.

Quem tiver interesse em saber mais sobre o assunto, pode acessar o livro na íntegra aqui.

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