Uma ideia que pode mudar o mundo

Estudante de Engenharia da Computação criou uma startup no programa Young Sustainable Impact (YSI)

Crédito: Arquivo pessoal

Aposto que você já presenciou uma situação desagradável que resultou no seguinte pensamento: “Eu preciso fazer algo para mudar o mundo!”. Afinal, todos querem viver em uma sociedade igualitária, sem preconceitos e focada no desenvolvimento sustentável.

A estudante de Engenharia da Computação da Unisinos, Márcia Santos, encontrou uma maneira de fazer a sua parte. Ela participou durante cinco meses do programa de inovação Young Sustainable Impact (YSI), que desenvolve startups com um desafio em comum: resolver um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Alinhar pesquisas, projetos e startups a um desenvolvimento sustentável é muito importante. Acredito que isso significa não só pensar objetivamente nas demandas do mundo de hoje, mas também prezar para um futuro sustentável para todos. As metas de desenvolvimento da ONU apresentam diversas oportunidades de negócios e ferramentas, e ainda nos possibilitam impactar positivamente no mundo”, afirmou a estudante.

Durante o programa, Márcia passou por um longo período estudando módulos a distância relacionados aos assuntos de inovação, criatividade e liderança. Desde o início do YSI, ela conheceu e interagiu com os outros três integrantes da sua equipe: a canadense, Ishita Aggarwal, o indiano Avikalp Gupta e o sul-africano, Keaton Harris. Conectados via internet, eles tomavam as decisões e desenvolviam a startup em conjunto, cada um em seu país natal.

Depois de quatro meses e meio de estudos, Marcia viajou para Oslo, capital da Noruega, onde passou duas semanas concluindo a startup com os outros três integrantes da sua equipe. Lá, eles conversaram com mentores, participaram de palestras, momentos de networking com empresários e organizações, entre outras dinâmicas para aperfeiçoarem e finalizarem a startup InforMED.

“Desde o início, eu achava que o maior desafio seria criar nossa startup remotamente, além de trabalhar com pessoas que nunca havíamos visto na vida, com culturas e fuso-horários diferentes. No entanto, eu fui surpreendida, pois hoje vejo esse desafio como nosso maior diferencial”, afirmou Márcia.

No final da viagem, o Young Sustainable Impact (YSI) promoveu dois pitches com o intuito de promover e divulgar as startups que foram criadas no decorrer do programa. No “Earthpreneurs”, as empresas tiveram que apresentar suas ideias em três minutos para o público presente, que tinham notas falsas para simular um investimento no melhor projeto. A InforMED foi a startup que mais recebeu dinheiro, sendo premiada pela organização norueguesa, YARA, em 10 mil reais para darem continuidade com a iniciativa.

Conheça a InforMED

Criada durante o Young Sustainable Impact (YSI), a InforMED tem como propósito solucionar o terceiro objetivo do ODS: Saúde e Bem-estar. Dessa forma, eles criaram um aplicativo para dispositivos móveis que visa ajudar a comunicação entre o médico e paciente durante a consulta ou situação médica. Ele suporta duas línguas simultaneamente e oportuniza, por meio de sugestões inteligentes de perguntas e respostas relacionadas a especialização da consulta, uma compreensão do diálogo entre os dois integrantes do atendimento.

O surgimento da ideia do aplicativo

Vivemos em um mundo onde há diversas línguas e dialetos diferentes, além da desigualdade em relação às classes sociais das pessoas. Dessa forma, a ideia do aplicativo está ligada às barreiras linguísticas na área da saúde, e consequentemente, os atrasos e problemas que essa dificuldade de compreensão produz para pacientes e médicos. O InforMED quer levar saúde de qualidade para todos os lugares, e tem como foco pessoas em situações de vulnerabilidade social.

O futuro da InforMED

Mesmo com a conclusão do YSI, a estudante de Engenharia da Computação da Unisinos e os outros integrantes da InforMED recebem mentoria a distância para aperfeiçoarem ainda mais a ideia. Agora, o foco inicial da startup é implementar a solução iniciando na Índia, onde há um grande conflito linguístico e de desigualdade social.

Inspire-se e faça sua parte!

“Nossa escolha pelo terceiro objetivo de desenvolvimento da ONU foi baseada em nossas histórias, objetivos pessoais e de carreira. Acreditamos que todo e qualquer ser humano tem direito a uma saúde de qualidade, e esse é nosso principal motor. Com toda certeza nós queremos mudar a vida das pessoas, mas também sabemos que os desafios que encaramos nesse processo nos tornam mais tecnicamente capacitados para outros projetos e desafios”, declarou Márcia.

O nosso website usa cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização.

Aceitar