Imersão na cultura asiática

Prática de taekwondo e apresentação de covers foram algumas das atrações do Festival da Coreia

Crédito: Rodrigo W. Blum

A Onda Hallyu atingiu a Unisinos. Se você não sabe o que isso significa, fique tranquilo. Não se trata de um desastre natural — ainda que trate, sim, de um fenômeno de grande proporção. Hallyu é o nome que se dá à popularização da cultura da Coreia do Sul, um movimento que também atende pelo título de Onda Coreana.

Crédito: Rodrigo W. Blum

E essa onda ganhou força na Universidade na quinta-feira, 29 de novembro. Nesse dia, o Campus São Leopoldo foi sede do Festival da Coreia, um evento promovido pelo Instituto King Sejong de São Leopoldo, pelo Centro Cultural Coreano e pelo Centro Educacional Coreano, com o apoio da Graduação em Letras da Unisinos.

No festival, teve um pedacinho do país asiático para cada gosto: degustação gastronômica, apresentação e workshop de k-pop, experimentação de taekwondo, informações sobre intercâmbios, declamação de poesia — em coreano, claro — e exposição cultural.

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A coordenadora da Graduação em Letras, Adila Beatriz Naud de Moura, comentou que o propósito do evento foi divulgar o país. “Tudo que está acontecendo aqui diz respeito a um desejo da Coreia do Sul de se evidenciar. A Universidade participa disso através do Instituto King Sejong, que está sediado no Unilínguas e tem uma relação forte com o curso de Letras”, disse a professora, que também acrescentou: “A língua não vem sozinha, ela vem vestida pela cultura, pela culinária, pelo modo de pensar e se relacionar das pessoas”.

Tamires Antunes, aluna do Instituto King Sejong, trabalha meio-período no Centro Cultural Coreano e participou do festival para falar sobre a indumentária do país. “O vestuário é chamado de hanbok, tanto o feminino quanto o masculino, e tem essa característica da seda, do colorido e dos muitos acessórios com representações simbólicas”, falou a estudante.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Entre a apresentação de um e outro chapéu, Tamires contou que, antigamente, quanto mais detalhada a roupa, maior o status social da pessoa que a vestia. Isso porque muitos bordados eram importados da China — e era preciso dinheiro para isso. “Nas regiões mais tradicionais da Coreia, você ainda encontra essa vestimenta nas pessoas mais antigas, mas quase não vê ela na rua. Ela só é bastante usada ainda em cerimônias”, concluiu.

Mas não foi a roupa que chamou a atenção de Daniela Coelho e Betina Selau para o país. Foi a música. “Eu comecei a gostar [da Coreia] quando conheci o k-pop”, disse Daniela. O mesmo aconteceu com Betina: “Fui procurar sobre a cultura por causa das músicas, daí comecei a assistir dorama [drama asiático, também conhecido por k-drama]”. Nessa quinta-feira, as duas vieram de Porto Alegre para participar do festival. Juntas, elas apresentaram um cover da música Baby don’t stop, do grupo NCT U.

Enquanto isso, na cozinha

Acontecia uma aula de culinária coreana. Os nomes tteokbokki, hotteok e bindaetteok dizem alguma coisa para você? Estes foram os três pratos que os participantes prepararam.

Crédito: Rodrigo W. Blum

“Sou aluna de coreano do Unilínguas e estou ajudando a coordenar as atividades”, foi como se identificou Paola Rosa, que circulava entre as mesas enquanto a professora orientava sobre os ingredientes. “Eu morei na Coreia do Sul pelo Ciência sem Fronteiras e, quando voltei, decidi estudar o idioma, para não esquecer o que eu aprendi. A cultura coreana é bem diferente da nossa”, destacou a ajudante.

Essa diferença entre os países também é clara no sabor da comida. “Gosto bastante da culinária asiática como um todo”, afirmou Enzo Testa, um dos participantes do workshop. “Minha esposa me falou do curso de Gastronomia [graduação], eu pesquisei, achei a Unisinos Lab e vi que tinha essa atividade disponível. Sou formado em Direito e resolvi fazer a oficina porque a área da Gastronomia me atrai bastante, me faz muito feliz.”

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